Chineses se voltam para aquisição da Potash Corp.
Li afirmou ao "Financial Times" que a Sinochem e a Potash Corp. mantêm um relacionamento bom de cooperação. "Estamos muito atentos para o que acontece com eles", disse o executivo, que evitou comentar se a estatal lançaria uma contraproposta à canadense.
A Sinochem é a quarta maior empresa de gás e petróleo da China e, nos últimos tempos, deu início à prospecção de negócios. O grupo gastou US$ 3 bilhões em maio para ter a participação em um campo de petróleo no Brasil e adquiriu a Emerald Energy, listada na bolsa britânica, por US$ 875 milhões no ano passado. Também em 2009, ofereceu US$ 2,3 bilhões pelo controle da Nufarm, companhia australiana de fertilizantes - o negócio não teve sucesso.
Bancos não envolvidos na operação atual alertaram que grupos chineses poderiam se juntar em um acordo para jogar por terra, rapidamente, a oferta da BHP. Analistas também observaram que a empresa anglo-australiana poderia elevar a sua proposta. A BHP já obteve crédito de US$ 45 bilhões para a oferta, o que sugere que ainda tem algum espaço de manobra para negociar.
A Potash Corp. tem estreitos laços com a China, país que mais importa fertilizantes no mundo. A companhia detém 22% da Sinofert, maior produtor e distribuidor de fertilizantes chinês e subsidiária da Sinochem. A Potash, por sua vez, é o principal membro do Canpotex, cartel canadense de fertilizantes, preferido pelos chineses já que garante preços anuais.
Embora Pequim considere a autossuficiência alimentar como uma questão de segurança, o país produz apenas metade de suas necessidades em fertilizantes.
Uma contraproposta chinesa sobre a Potash Corp. é uma possibilidade, mas analistas acreditam que a opção mais viável seja uma joint venture ou um investimento estratégico. Outra opção seria a de bancos estatais e de investimento financiarem o negócio.
De qualquer forma, a Sinochem tem mostrado seu apetite no exterior. Após o fracasso da aquisição da Nufarm - que acabou sendo comprada pelos japoneses - a estatal chinesa prometeu que "continuaria a fortalecer a cooperação com grupos mundiais de agroquímicos e encorajar a globalização dos negócios".
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