Alta do trigo ainda não preocupa as indústrias do MT
A alta do trigo pode ser explicada principalmente pelo clima adverso nas regiões produtoras da Europa e Leste Europeu, que sofrem com a longa seca, sobretudo Rússia e Ucrânia, mesma situação do Canadá. Na Rússia, a previsão é de uma quebra de 24% na safra de trigo, que deve cair para 47 milhões de toneladas. O resultado deve ser um recuo de 10 milhões nas exportações de todos os grãos do país, segundo o governo russo.
Uma das saídas para o país, na opinião da indústria, é colocar no mercado, por meio de leilões governamentais, cerca de 1 milhão de toneladas do cereal da safra passada. Para realizar mais leilões, no entanto, é preciso que o governo federal libere aos moinhos os recursos represados referentes aos leilões passados. Com um consumo de cerca de 10 milhões de toneladas, o Brasil é um dos maiores importadores mundiais de trigo. Neste ano, a produção interna deve atingir 5 milhões de toneladas.
Mato Grosso - Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação do Estado (Sindipan), Luiz Garcia, o problema não deverá afetar Mato Grosso, que compra da Argentina 90% de toda a farinha de trigo utilizada pelas empresas.
“Por enquanto o problema [da alta da matéria-prima] é só na Europa e nos Estados Unidos. Compramos apenas 1% dos Estados Unidos e uma pequena parte da Europa, por isso ainda estamos tranqüilos quanto a uma possível alta nos preços”, frisou Garcia. Ele não acredita que o movimento de alta chegará a Mato Grosso, “mas se os preços da farinha aumentarem, o reajuste será repassado ao pão francês e ao consumidor”.
Segundo o Sindipan, a farinha de trigo representa 32% dos insumos para a fabricação do pão. “Mesmo se acontecer uma alta, não vamos aumentar na mesma proporção”, garante.
Ele informou que os preços da farinha de trigo para as indústrias mato-grossenses estão estabilizados entre R$ 60 a R$ 65 a saca de 50 quilos. O insumo é comprado de distribuidoras de várias regiões do país.
Os preços do pão francês para o consumidor oscilam entre R$ 6,99 a R$ 7,50/Kg nas principais redes de supermercados e na maioria dos estabelecidos do setor.
Na avaliação de Luiz Garcia, os preços no varejo são remuneradores e a maioria das empresas já trabalha no azul. “Hoje podemos afirmar que a situação está melhor, as indústrias têm um fôlego a mais para trabalhar”.
Com o tempo, ele acredita que os investimentos serão retomados em Mato Grosso, que já chegou a contar com cerca de 1,7 mil empresas e hoje está com apenas 1,5 mil. “Muitas já retomaram as atividades e outras se preparam para ingressar no mercado”, informou Garcia.
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