Plataforma da Petrobras P-76 torna-se a 2ª a exportar gás de Búzios ao continente
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) -A plataforma da Petrobras P-76 foi conectada ao gasoduto Rota 2 e tornou-se em junho a segunda do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, a exportar gás ao continente, por meio do terminal de Cabiúnas, informou a petroleira em nota à imprensa nesta quarta-feira.
A Petrobras começou a exportar o gás de Búzios em agosto do ano passado, com a plataforma P-74. Atualmente, o volume exportado pelas duas plataformas é de até 2 milhões de m³/dia.
Até o segundo semestre de 2022, com a implantação do Rota 3 e a interligação das plataformas P-75 e P-77, o volume de gás a ser exportado pelo campo de Búzios poderá ser superior a 9 milhões de m³/dia.
A exportação do insumo ocorre enquanto a petroleira vem empenhando esforços para ampliar a oferta de gás ao Brasil, que tem elevado fortemente a geração termelétrica em meio a uma grave crise hídrica nos reservatórios das hidrelétricas, principais fontes de energia do país.
No comunicado desta quarta-feira, a petroleira destacou que a possibilidade de exportar o gás de Búzios contribui para o aproveitamento do potencial dos campos, trazendo flexibilidade para uma melhor gestão do reservatório e aumento da geração de valor.
"O início de exportação de gás pela P-76 reforça a posição da Petrobras na cadeia de gás natural no país, ampliando a disponibilidade de gás ao mercado e proporcionando o atendimento ao crescimento da demanda, incluindo a expansão e segurança no atendimento ao setor elétrico, delineando o caminho da transição energética para fontes com menor intensidade de carbono", disse a empresa.
O campo de Búzios é atualmente o segundo maior produtor de petróleo do país e deve chegar ao fim da década com produção acima de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia. As quatro unidades em operação em Búzios respondem por mais de 20% da produção total da Petrobras no momento, segundo a empresa.
Atualmente, o gás produzido na Bacia de Santos é transportado pelas rotas 1 e 2 que, somadas, têm capacidade de escoamento de 26 milhões a 30 milhões de m³ por dia.
A Rota 3, ainda em fase de implantação, permitirá o escoamento de mais de 18 milhões m³/d de gás até as unidades de processamento de gás em terra, frisou a empresa.
A Petrobras também pontuou que o mercado de gás no Brasil passa por um processo de abertura, que busca um ambiente concorrencial mais dinâmico.
Esse processo ocorre a partir de uma série de iniciativas do governo federal, por meio de leis e reformas regulatórias, além de um compromisso da Petrobras de vender todos os seus ativos de distribuição e transporte de gás, dentre outras medidas.
(Por Marta Nogueira; edição de Nayara Figueiredo)
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