Feijão que começa a ser colhido no Vale do Araguaia-GO tem ótima qualidade e eleva referência de preços do carioca
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Entrevista com Marcelo Eduardo Lüders - Presidente do IBRAFE sobre o Mercado do Feijão
DownloadA safra de feijão no Paraná sofreu com problemas climáticos e apresentou perda de qualidade dos grãos, o que estava levando o mercado a trabalhar em patamares próximos aos R$ 200,00 para o feijão carioca.
Porém, uma colheita boa no Vale do Araguaia em Goiás está modificando este cenário. Mesmo com a taxação de ICMS do estado, a procura pelo produto da região está em alta, uma vez que as variedades utilizadas por lá são graúdos, claros, não perdem a cor, possuem rapidez de cocção e resultam em feijões de qualidade com ciclo de apenas 70 dias.
“O que tem levado a essa excelente qualidade é usar toda a tecnologia disponível e ter variedades adaptadas especialmente para aquela região. Existe a pesquisa com a atenção total voltada para aquele micro clima”, explica o presidente do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders.
Este cenário sustentou os preços durante a semana passada na faixa dos R$ 220,00, chegando a até R$ 230,00.
“Nós temos outras regiões de excelentes qualidades como o noroeste de Minas, a região em torno de Brasília e a região de Jataí que vão colher agora. O primeiro que está colhendo é esse (no Vale do Araguaia) e já vem como uma qualidade melhor. Na sequência outros pólos vãos colher e a qualidade do feijão sob irrigação deve ser bastante boa nessas outras regiões também”, comenta Lüders.
Feijão Preto
A liderança destaca ainda que o México está realizando uma consulta junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a compra de 100 mil toneladas de feijão preto.
“Neste momento o México tirou o imposto de importação fora da Alca que é de 45%, convidaram o Brasil e Argentina e colocaram de maneira oficial que tinha o interesse, e a necessidade de importar 100 mil toneladas”, diz.
Apesar desta oportunidade, é a Argentina quem surge com mais capacidade de atender a esse chamado, já o Brasil precisará inclusive importar feijão preto do país vizinho neste ano, o produtor brasileiro só tendo novas disponibilidades do produto ao final de 2020.
Confira a entrevista completa com o presidente do Ibrafe no vídeo.
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