Preços do petróleo disparam com flexibilização de "lockdowns" por coronavírus
Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo tiveram forte alta nesta terça-feira, à medida alguns países da Europa e da Ásia, assim como diversos Estados norte-americanos, começaram a flexibilizar medidas de "lockdown" tomadas em função da pandemia de coronavírus.
O rali estendeu os ganhos do petróleo Brent para seis dias consecutivos, enquanto o valor de referência dos Estados Unidos (WTI) agora acumula cinco dias seguidos de altas.
A demanda por combustíveis em todo o mundo recuou cerca de 30% em abril, mas vem se recuperando modestamente, diante dos esforços para relaxamento das medidas restritivas.
O petróleo Brent, valor de referência internacional, fechou em alta de 3,77 dólares, ou 13,9%, a 30,97 dólares por barril. Já os contratos futuros do petróleo dos EUA avançaram 4,17 dólares, ou 20,5%, para 24,56 dólares o barril.
Itália, Espanha, Nigéria e Índia, assim como alguns Estados dos EUA, entre eles Ohio, começaram a permitir que algumas pessoas voltem ao trabalho e que instalações de construção, parques e bibliotecas sejam reabertas.
Especialistas em saúde, no entanto, alertaram que tais medidas podem levar a uma retomada no avanço das infecções por coronavírus.
"O mercado está começando a perceber que a destruição de demanda foi terrível, mas que estamos reabrindo e a demanda vai melhorar", disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group. "Mas os cortes de produção estão apenas começando."
O presidente dos EUA, Donald Trump, saudou as medidas tomadas por Estados para a reabertura economia, afirmando que os preços do petróleo estão subindo "à medida que a demanda começa a voltar".
(Reportagem de Stephanie Kelly, com reportagem adicional de Noah Browning em Londres, Shu Zhang em Cingapura e Sonali Paul em Melbourne)
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