Teremos o pior mês de abril da história; voltaremos a crescer em outubro, diz Roberto Padovani, do BV

Publicado em 16/04/2020 16:49 e atualizado em 16/04/2020 20:54
Roberto Padovani - Economista Chefe - Banco BV
Economia brasileira pós-coronavírus. Entenda como as medidas adotadas até agora podem impactar na retomada do crescimento - na entrevista com o economista-chefe do Banco Votorantim

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Economia diante do coronavírus - Entrevista com Roberto Padovani - Economista Chefe - Banco BV

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Nechio, do Banco Central, destaca incerteza do cenário econômico diante da pandemia

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  • BRASÍLIA (Reuters) - A diretora de Assuntos Internacionais do Banco Central, Fernanda Nechio, frisou nesta quinta-feira que as perspectivas econômicas do Brasil são incertas em meio a cenário em que se desconhece fatores como prazo dos atuais lockdowns, perdas de capital humano e de capital que a crise gerará e ritmo da recuperação da atividade.

Em apresentação feita durante seminário virtual do Banco Interamericano de Desenvolvimento, divulgada pelo BC, Nechio ressaltou que a pandemia do novo coronavírus provocou uma saída substancial de fluxos de capital do Brasil, uma depreciação do câmbio e volatilidade nos mercados financeiros.

As evidências preliminares apontam para uma forte desaceleração, disse a diretora.

Ela concluiu sua apresentação com trecho da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em que o BC diz que "continuará fazendo uso de todo o seu arsenal de medidas de políticas monetária, cambial e de estabilidade financeira no enfrentamento da crise atual".

FMI enxerga "década perdida" sem crescimento na América Latina em meio à pandemia

WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quinta-feira que as consequências econômicas da pandemia do coronavírus, combinadas com outros problemas nos últimos anos, sinalizam que a América Latina e o Caribe provavelmente não irão registrar "nenhum crescimento" na década de 2015 a 2025.

Alejandro Werner, que chefia o departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, disse que o órgão está se apressando para processar 16 pedidos de assistência de emergência, dos quais aproximadamente metade eram de países do Caribe, devastados por uma interrupção no turismo.

Outros países tinham questionado sobre os programas tradicionais do FMI ou extensões dos acordos de financiamento existentes, disse ele.

No World Economic Outlook de 2020, o FMI previu esta semana que a economia da América Latina, onde os surtos continuaram a aumentar, provavelmente contrairá 5,2%.

Werner disse a repórteres em uma entrevista por videoconferência que os países da região estavam enfrentando a pior recessão econômica desde que começaram a produzir estatísticas de contas nacionais na década de 1950.

Dada a dramática previsão de contração para este ano e o impacto das políticas destinadas a conter a pandemia, uma recuperação acentuada é esperada em 2021, contanto que a pandemia seja contida, disse ele.

Mas isso não será suficiente para compensar a atual crise, associada a outros eventos e problemas nos últimos anos.

"Não é apenas esse choque, é o choque negativo cumulativo que a região terá passado na década que vai de 2015 a 2025", disse Werner. "Em média, nossa expectativa é que seja altamente provável que, na década de 2015 a 2025, não haja crescimento".

Embora países individuais vejam algum crescimento ao longo da década, a região como um todo não, acrescentou.

Werner disse que o FMI está preocupado com a possibilidade de que a pandemia possa provocar agitação social na América Latina, que já viu alguns protestos no ano passado.

Para se proteger contra possíveis disrupções, os países latino-americanos devem estar atentos às falhas sociais na estruturação de suas respostas à pandemia, afirmou.

Wall Street sobe com Amazon e Netflix atingindo recordes

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  • (Reuters) - Os mercados de ações dos Estados Unidos subiram nesta quinta-feira, com Amazon.com e Netflix inc saltando a níveis recordes, embora as negociações tenham sido voláteis porque os investidores seguiram preocupados com o impacto da pandemia do coronavírus nos lucros do primeiro trimestre.

Amazon.com e Netflix se valorizaram à medida que orientações de que norte-americanos fiquem em casa atraíam demanda por serviços de streaming online e entrega de mercadorias em domicílio.

Boeing Co. caiu 8%, limitando os ganhos do Dow, já que sua rival europeia Airbus afirmou que estava examinando pedidos para adiar entregas após um colapso na demanda por viagens.

Enquanto isso, a paralisação em Nova York foi prorrogada até 15 de maio, apesar de as hospitalizações e mortes relacionadas ao coronavírus terem caído ao menor nível em mais de uma semana, o que se somou a evidências de que o Estado mais atingido estava controlando a disseminação do vírus.

"Não vamos ver uma recuperação em forma de V, e acho que os investidores vão perceber isso, por isso é prematuro achar um fundo do poço no valor das ações nesta fase", disse Alan Lancz, presidente da Alan B. Lancz & Associates Inc., empresa de consultoria de investimentos com sede em Toledo, Ohio.

O Dow Jones subiu 0,14%, para 23.537,68 pontos, o S&P 500 ganhou 0,58%, para 2.799,55 pontos. O Nasdaq Composite teve alta de 1,66%, para 8.532,36 pontos.

Pacote de alívio ao coronavírus nos EUA vai elevar déficit em US$1,8 tri

(Blank Headline Received)

  • Tubo de ensaio com a inscrição positivo para coronavírus é visto em frente a notas de dólar dos EUA. 01/03/2020. REUTERS/Dado Ruvic

(Reuters) - O projeto de lei de resposta ao coronavírus aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos no mês passado aumentará o déficit do orçamentário federal em cerca de 1,8 trilhão de dólares na próxima década, estimou o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) nesta quinta-feira.

Embora o pacote de alívio ao coronavírus tenha fornecido mais de 2 trilhões de dólares em auxílio financeiro, seu custo projetado é menor que isso porque parte da assistência é em forma de garantia de empréstimo, informou o CBO em comunicado.

Williams, do Fed de NY, diz que pode levar alguns anos para que a economia dos EUA recupere-se totalmente

John Williams, presidente do Federal Reserve de Nova York

  • John Williams, presidente do Federal Reserve de Nova York 06/11/2019 REUTERS/Carlo Allegri

(Reuters) - Pode levar alguns anos para que a atividade econômica dos Estados Unidos recupere-se totalmente da grave crise causada pela pandemia do coronavírus, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams.

Uma vez contida a disseminação do vírus, pode demorar um pouco para que os consumidores sintam-se seguros a comparecerem a espetáculos ou outros grandes eventos, disse Williams durante uma discussão organizada pelo Economic Club de Nova York.

"Primeiro temos que garantir que estamos vendo o número de casos se estabilizar e diminuir e depois pensar em um retorno gradual ao normal", disse Williams, acrescentando mais tarde que pode levar de um a dois anos para a economia norte-americana ser retomada com "força total".

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Por:
Aleksander Horta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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