Faesc aponta queda na produção de milho, soja e lácteos por causa da estiagem
A Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc) avalia que a estiagem que atinge a Região Sul afetou especialmente a produção na metade-sul do Estado. "Uma faixa territorial do lado catarinense do Vale do Rio Uruguai, desde Itapiranga até os campos de Lages, está comprometida. O milho retido na propriedade para nutrição do gado leiteiro (milho-silagem) teve redução de 40%, o que certamente terá impacto na produção de lácteos", disse a entidade em nota.
Em Campos Novos, 18% da área de soja, que ocupa um total de 55 mil hectares de soja, foi perdida; além de 15% do milho (12 mil ha cultivados) e 12% de feijão (5 mil hectares semeados). O município contabiliza prejuízo de R$ 45 milhões.
No comunicado, o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, diz que será preciso importar mais milho da Argentina e do Paraguai. "O cenário é preocupante porque, da demanda total, 96% destinam-se à nutrição animal, principalmente dos plantéis de aves e suínos", afirma.Santa Catarina é o maior consumidor de milho do País, concentrando parcela importante da cadeia de aves e suínos.
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