Soja: Prêmios firmes indicam demanda forte pelas safras velha e nova do Brasil
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Entrevista com Mário Mariano Moraes Júnior - Analista da Novo Rumo Corretora sobre o Fechamento de Mercado da Soja
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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago terminaram o pregão desta quinta-feira (29) com leves ganhos. O mercado trabalhou desta forma durante todo o dia, ainda caminhando de lado e sem forças para sair dessa lateralização. Assim, os principais contratos subiram entre 2 e 3,50 pontos, levando o novembro a US$ 8,68 e o março a US$ 8,94 por bushel.
Segundo explica o analista de mercado Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, a principal preocupação no mercado internacional neste momento são as condições climáticas para a conclusão da safra norte-americana, especialmente com a possibilidade de geadas reduzindo ainda mais os rendimentos dos campos norte-americanos.
Há um atraso considerável no desenvolvimento das lavouras de soja e milho no Corn Belt este ano e a região leste é a que preocupa mais neste momento. Problemas nas demais, porém, ainda não estão descartados, mas por hora exigem menos atenção. E é isso que tem sido conferido pela equipe do Grupo Labhoro e do Notícias Agrícolas no crop tour 2019,
Veja mais no link abaixo:
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No paralelo, segue a guerra comercial. Preocupando menos do que na semana passada, quando as tensões entre China e EUA se intensificaram muito, o mercado observa agora a chance de que as equipes de Pequim e Washington acertem algum consenso para que as novas tarifas em ambos os países não comecem a valer já em setembro como está previsto.
E isto, ainda segundo explica Mariano, acaba soando como positivo para o mercado na CBOT.
NO BRASIL
Enquanto isso, os impactos destas movimentações continuam a resultar em oportunidades para o produtor brasileiro, com os prêmios ainda fortalecidos, a demanda concentrada por aqui a tendência de que este seja o comportamento dos compradores, em especial os da China, ainda por um bom período de tempo.
Como relata o analista, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta-feira, essas oportunidades refletiram em, nos últimos 10 a 12 dias, 25 a 26 navios de soja vendidos do Brasil à nação asiática, o que serviu de importante combustível para os prêmios.
"Já teríamos algo entre 1,3 a 1,4 milhão de toneladas de registros de novas vendas e isso mostra que as conversas não muito amigáveis entre China e EUA acabaram por migrar uma demanda para cá. Se é uma especulação ou o registro de uma venda futura não vem ao caso, a tendência mostrou que seria mais demandado o produto da América do Sul e foi", diz Mariano.
A alta dos prêmios para a soja da safra nova no embarque março de 30 para 40 cents de dólar, fevereiro perto de 50 cents e abril e maio chegando aos 40 também é um sinalizador de que a demanda chinesa para o produto 2019/20 também está se aquecendo e criando momentos mais oportunos de comercialização para o produtor brasileiro.
"Há um sentimento de que a demanda pela safra futura brasileira ganhou um pouco mais de força com essa dificuldade de leitura de acordo, em um curto prazo, entre americanos e chineses", conclui.
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Complementando o cenário favorável para os preços da soja no Brasil há ainda a força do dólar. Nesta quinta, a moeda americana fechou em R$ 4,1717, o maior patamar desde meados de setembro de 2018. Na semana, a divisa já acumula uma alta superior a 1%.
"O grande destaque negativo do dia foi a notícia ontem pós-fechamento do mercado de que a Argentina postergaria o pagamento" de dívidas, disse a corretora Renascença em nota reportada pela agência de notícias Reuters.
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