Preços despencam 7% após Trump anunciar tarifas adicionais à China

Publicado em 01/08/2019 16:37

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Por Devika Krishna Kumar

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo nos EUA despencaram mais de 7% nesta quinta-feira, para seus menores níveis em cerca de sete semanas, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar no Twitter que irá impor uma tarifa adicional de 10% sobre 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir de 1º de setembro.

Uma prolongada guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo despertou preocupações a respeito da demanda por petróleo.

O petróleo Brent recuou 4,55 dólares, ou 6,99%, para fechar a 60,50 dólares por barril, sua mínima desde 13 de junho. A referência internacional teve nesta quinta-feira sua maior queda percentual diária desde fevereiro de 2016.

Já o petróleo dos EUA encerrou a sessão com uma queda de 4,63 dólares, ou 7,9%, a 53,95 dólares o barril, após despencar para uma mínima de 53,59 dólares, seu menor nível desde 19 de junho. Esta foi a maior perda percentual diária do WTI desde fevereiro de 2015.

"Os preços do petróleo caíram consideravelmente hoje, sofrendo dois golpes de uma só vez, com desânimo quanto ao relaxamento monetário pelo Federal Reserve e o anúncio do presidente Trump de que mais tarifas serão impostas aos produtos chineses", disse John Kilduff, sócio da Again Capital Management.

"A guerra comercial EUA-China já impactou pesadamente a perspectiva de demanda por energia e isso (o tuíte de Trump sobre as tarifas) vai apenas se somar a essas preocupações. A guerra comercial está claramente longe do fim."

No início da sessão, os preços foram pressionados por questões relacionadas ao corte nas taxas de juros norte-americanas pelo Fed.

A redução era esperada, mas o chefe do banco central dos EUA, Jerome Powell, colocou pressão no mercado ao afirmar que o corte na véspera pode não ser o começo de uma longa série de reduções de juros para fortalecer a economia contra a fraqueza econômica global.

(Por Devika Krishna Kumar, com reportagem adicional de Scott DiSavino, Alex Lawler e Aaron Sheldrick)

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Fonte:
Reuters

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