Trigo: Lavouras apresentam boas condições em Santo Ângelo (RS) e preços giram em torno de R$ 46,00 a R$ 48,00/sc

As chuvas retornaram à região de Santo Ângelo (RS) beneficiando o desenvolvimento das lavouras de trigo, que já estavam sem precipitações há mais de 10 dias. Com isso, a perspectiva ainda é favorável em relação à produtividade das plantações nesta temporada. Ainda nesta safra, a área destinada ao plantio do cereal apresentou acréscimo de 2%.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Claudio Duarte, em anos com clima normal, o rendimento médio das lavouras gira em torno de 60 sacas a 65 sacas do grão por hectare. No caso da comercialização, os preços mais altos têm mantido os produtores mais otimistas na região.

Os produtores que ainda têm produto da safra passada conseguem negociar a saca entre R$ 46,00 a R$ 50,00.  Para a safra nova, alguns contratos com pagamento para 30 de dezembro, foram realizados com a saca entre R$ 46,00 a R$ 48,00. Atualmente, a média de preços está próxima de R$ 40,00 a saca na região.

"E temos um custo entre 40 a 42 sacas do grão por hectare e investimos em variedades produtivas para alcançarmos bons rendimentos nesta safra. Claro que cada caso é um caso, mas em torno de R$ 40,00 a saca já seria um bom preço para cobrir os custos de produção", reforça a liderança sindical.

Milho

O plantio do milho tem ganhado ritmo no Noroeste do estado gaúcho. Em Santo Ângelo, cerca de 25% a 30% da área já foi semeada nesta temporada, uma vez que o clima tem sido favorável.

"Os produtores ainda estão atentos à possibilidade de geada na nossa região. Mas, de forma geral, ainda estamos em uma região bem tecnificada, com irrigação. Buscamos uma alta produtividade no milho. E os preços estão próximos de R$ 40,00 a saca na nossa região e o produto é destinado à produção de suínos e a bacia leiteira", explica Duarte.

Tabelamento do frete

Assim como em outras regiões do país, o tabelamento do frete tem sido uma preocupação dos produtores em Santo Ângelo. Os custos de produção estão mais altos e os agricultores permanecem apreensivos com o atraso na entrega dos fertilizantes para a próxima safra de soja.