Soja: Continuidade da seca na Argentina pode trazer quebra ainda maior e manutenção das altas em Chicago

Publicado em 02/03/2018 16:36
Mercado internacional fez suas máximas em US$ 10,82 no contrato maio e movimento positivo deve ser sustentado também pelo movimento dos fundos. Agora comprados, deverão defender suas posições até começarem a especular clima para nova safra americana.

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Nesta sexta-feira (02), o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) teve suas cotações fechando com leves baixas, depois de uma semana agitada no mercado nacional: considerando toda a semana, o salto esteve por volta dos US$0,47/bushel, como destaca Ginaldo de Sousa, diretor da Labhoro Corretora.

Como explica Sousa, o farelo vem sendo o carro-chefe para essa alta e as informações sobre o clima na Argentina, país que atua como principal exportador do subproduto, devem continuar contribuindo para novas altas. Além disso, a atuação dos fundos também foi fundamental, bem como a demanda.

O diretor, que esteve na Argentina na primeira quinzena de fevereiro, avalia que "mudou bastante coisa de lá para cá". Na época, falava-se de um potencial de 54 milhões de toneladas caso as lavouras recebessem chuvas nos próximos 15 dias. De lá para cá, as principais bolsas diminuiram suas estimativas em 7 a 8 milhões de toneladas e a safra continuou se deteriorando, com as condições climáticas ficando mais graves.

Para os próximos 10 dias, as previsões são similares: a Argentina deve continuar sem chuvas e, dependendo do momento da soja, a lavoura está sujeita a novos danos. A mesma situação também se reflete para o milho, cultura que deve ter uma quebra de 40%, segundo Sousa.

A situação já se reflete nos preços brasileiros. O Porto de Paranaguá trabalha com uma base de R$81, enquanto os preços giram em torno de R$75 no interior. Por outro lado, os produtores continuam vendendo pouco e segurando a comercialização.

Sousa acredita que não há nenhum motivo à vista que faça com que o mercado caia, a não ser que as chuvas esperadas pela Argentina venham ou que haja uma retaliação por parte da China, o que ele acha difícil. Entretanto, seria preciso um "fato relevante" para o mercado ir a US$11/bushel.

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Por:
Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Joacir A. Stedile Passo Fundo - RS

    "Continuidade da seca na Argentina pode trazer quebra ainda maior..."! Corrigindo para:"Continuidade da seca na Argentina ESTÁ trazendo quebra ainda maior..."!

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    • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

      corretíssimo

      0
    • Carlos Araujo Porto Alegre - RS

      Acredito que a seca da Argentina já esteja precificada. Não deve quebrar mais do que já quebrou. Só pode piorar a situação caso chova na colheita... mas há um fator que pode criar uma nova situação... trata-se de um represália chinesa contra os Estados Unidos pelo fato do Trump ter sobretaxado o aço chinês... ainda não aconteceu mas poderia deixar de comprar soja americana e concentrar compra no Cone Sul da América do Sul - neste caso, BRASIL...

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