Com chuvas constantes, lavouras de feijão 2ª safra estão brotando no Paraná
Carlos Alberto Salvador, engenheiro agrônomo do Deral, conta que a segunda safra de feijão no estado do Paraná, nos últimos dez dias de maio e primeiros dias de junho, sofreu muito nessa fase final com a umidade e o grande volume de chuvas.
Como aponta Salvador, 61% da área já foi colhida, mas há 39% da área a ser colhida em fase de maturação. Entretanto, essas chuvas têm dificultado o acesso do agricultor aos campos, podendo causar atraso na colheita, queda no rendimento e queda na qualidade.
Ainda não é possível quantificar essas perdas e, até o final do mês, a expectativa é que o tempo melhore. Mas, com essas chuvas, o produto final já pode ser um pouco prejudicado.
A concentração da produção está em 51% na região Sul do estado e 37% na região Sudoeste. Há 95.000 hectares ainda a serem colhidos.
Até esse instante, o Deral vinha trabalhando com uma expectativa de produção de 412 mil toneladas, 39% a mais do que na última safra. Até o mês de abril, o comportamento estava regular, mas o quadro mudou com a presença de geadas e chuvas.
O Paraná é o principal produtor do Brasil, segurando 25% da produção a nível nacional. Assim, existe a possibilidade de que os preços possam subir, o que pode acabar sendo repassado também para o varejo, tornando-se uma notícia não muito animadora para o consumidor final.
Para saber se o produtor rural terá uma margem positiva, dependerá muito da situação de cada lavoura. Alguns produtores deixam de ganhar porque também deixam de colher.
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