Deputado do RS abre mão de aposentadoria parlamentar e diz que colegas precisam se posicionar sobre tema ainda nessa legislatura
O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) declarou publicamente que irá abrir mão de sua aposentadoria parlamentar. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, ele classifica a aposentadoria parlamentar como "inaceitável" e diz que, quem banca, no final, é o trabalhador em geral.
Para ele, como a previdência das outras pessoas está em questão, não é correto ter um benefício que ajudou a gerar o rombo na previdência. Mesmo que a lei garanta que, no próximo mandato, esse direito não vai mais ser exercido, ele prefere se posicionar assim desde então. "Eu vejo muitos parlamentares defendendo mudanças, mas que têm o seu benefício garantido. Essa atitude que a sociedade não quer mais", destaca Goergen.
É possível que cada parlamentar opte por receber a previdência do INSS ou a previdência do Congresso Nacional. Goergen, assim, optou pela previdência do INSS.
Reforma da previdência
Ele conta que o governo "tem começado a jogar duro" e que trabalha em uma política de "toma lá dá cá" para aprovar a reforma da previdência. Na opinião de Goergen, "o governo precisa ter humildade para entender que não há popularidade e que não se pode jogar errado como está jogando".
Goergen diz que é difícil apoiar o atual modelo da reforma da previdência porque não é, de fato, uma reforma, e sim, um modelo para "arrecadar e cumprir rombo". "Tem que haver uma reforma de verdade e não mudar a regra no meio do caminho, como o governo está fazendo", aponta. Hoje, segundo o deputado, o governo não teria votos para aprovar a reforma.
O deputado se posiciona, por fim, contrário à reforma da previdência, tendo em vista os vários questionamentos sobre os pontos apresentados.
Funrural
A posição de Goergen para o Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural) é de que o assunto tem que ser resolvido. "Não há condição de o setor bancar esse passivo", destaca, lembrando que o Brasil está em meio a uma safra de boa produção, mas de baixa rentabilidade e que os produtores que vinham cumprindo regras judiciais não podem ser penalizados.
Ele lembra que o Funrural deve ser resolvido antes da Reforma da Previdência e diz esperar que a resolução do tributo não seja utilizada como barganha. Na Audiência Pública, já foi definido que deve haver uma remissão do passivo, o que foi passado para o governo.
A semana que vem, para ele, pode ser decisiva. "Se a gente deixar o governo ganhar tempo, a mobilização diminui", conclui.
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