Pressão de baixa no boi gordo perde força, enquanto frangos e suínos seguem em alta

Publicado em 17/02/2017 07:05

Boi Gordo: Pressão de baixa existe, mas a força para alterar os preços já não é a mesma

Por Scot Consultoria

Embora a pressão de baixa ainda exista, a força para alterar os preços já não é a mesma das semanas anteriores.

Nada mudou em termos de conjuntura. A demanda segue ruim e a disponibilidade de boiadas não é abundante, embora venha melhorando com a chegada de fêmeas descartadas ao mercado.

As ofertas de compra, de forma geral, estão quase sempre alinhadas à referência. Inclusive, em algumas praças, como no Norte do Tocantins, existe oferta de frigorífico de grande acima da referência.

Em São Paulo, os testes de mercado são mais intensos. Há quem tente comprar por até R$ 143,00/@ à vista, mas sem sucesso. Em contrapartida, tem quem pague R$ 146,00/@, nas mesmas condições. Não há programações de abate longas no estado, mesmo que o nível de ociosidade seja considerável.

No mercado atacadista de carne bovina, estabilidade de preços para as peças com osso e queda de 0,35% para os cortes desossados.

Suíno vivo: Frigoríficos fazem reajuste diante da baixa oferta de animais

Por Larissa Albuquerque

Os preços do suíno vivo no mercado independente estão experimentando altas atípicas neste início de ano. O motivo é a redução na disponibilidade de matérias primas.

Mas, essas cotações que chegaram a bater recordes em algumas regiões já começam a ter reflexo nas agroindústrias. "Com a baixa oferta do suíno vivo, frigoríficos repassaram os aumentos à carne. Mas, diante das valorizações, a demanda final se desaqueceu e a liquidez se reduziu", diz o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em seu boletim semanal.

No atacado, as cotações atingiram recorde nominal. Segundo levantamento do Centro a carcaça especial fechou a R$ 7,99/kg no atacado da Grande São Paulo – até então, o maior valor nominal era de R$ 7,93/kg, observado em novembro de 2014. 

O Cepea ressalta que por conta da redução na demanda os frigoríficos tem buscado alternativa para escoar o estoque. "Em algumas plantas, as atividades chegam a 50% da capacidade", diz.

Jacir Dariva, presidente da APS, relata que há frigoríficos demitindo funcionários no Estado devido à baixa oferta de suínos para abate. “Não temos mais suínos pesados nas granjas. Inclusive, há a informação de frigoríficos do Paraná demitindo funcionários por falta de matéria-prima”.

Frango vivo: Após altas, mercado fecha estável nesta 5ª

Por Larissa Albuquerque

Os preços do frango vivo exibiram ligeira recuperação na semana passada em grande parte das praças brasileiras. As valorizações aliadas à queda nos preços do milho garantiram melhora no poder de compra dos avicultores.

Após reajuste, no mercado paulista o produtor recebe em média R$ 2,70 por quilo de animal vivo. Já em Minas Gerais a cotação é de R$ 2,90/kg, apresentando alta desde o final da semana passada.

Segundo levantamento de preço da Scot Consultoria, em Campinas (SP) é possível adquirir 4,29/kg de milho na comercialização de um quilo de ave viva. Esse percentual representa crescimento de 4% na semana e 22,9% na comparação anual.

De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a exceção ficou por conta da Região Sul, que ainda conta com excedentes de oferta, as quais têm sido direcionadas para outras regiões consumidoras, como os mercados paulista e mineiro.

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Notícias Agrícolas + Scot

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