Vendas não evoluem e mercado de carnes sofre com pressão de baixa
Boi Gordo: Venda de carne não evolui e paradeira no mercado já dura duas semanas
Por Alex Santos Lopes da Silva, zootecnista da Scot Consultoria
A paradeira no mercado já dura duas semanas. De forma geral, não há escalas sendo alongadas.
Algumas programações têm até diminuído nos últimos dias, mas também não há interesse de impedir que isso ocorra. A venda de carne é ruim e manter os estoques regulados é uma boa medida para as indústrias.
A essa falta de ímpeto dos compradores para intensificar as compras se somam as tentativas de negócios abaixo da referência, que muitas vezes ocorrem para testar o mercado. Em algumas regiões, há quem oferte preços até R$ 2,00/@ abaixo da referência.
De uma forma ou de outra isso acaba, em algumas praças, determinando um cenário baixista, que embora não seja a realidade de todo o país, tem sido mais frequente do que as altas de preços.
A oferta de matéria-prima, que por enquanto é restrita, é o que limita um pouco a ação baixista do fraco escomento de carne sobre os preços da arroba.
A carne voltou a cair, tanto no atacado com osso quanto sem osso. Neste ano ainda não há registro de preços do produto sendo reajustados para cima.
A crise, as despesas de início de ano e a falta de pagamento de salários de parte dos funcionários públicos impedem uma melhora nas vendas.
Suíno vivo: Cenário é de baixa no mercado independente
Por Larissa Albuquerque
Nesta quinta-feira (12) as cotações do suíno no mercado independente fecharam estáveis. A estabilidade, porém, não esconde o ruim desempenho dos negócios nas duas primeiras semanas do ano.
Em praticamente todos os estados às bolsas de comercialização dos suínos apontaram baixas nos fechamentos de 2017. Segundo colaboradores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), nem mesmo o enxugamento da oferta tem sido capaz de sustentação os preços.
"Frigoríficos têm pressionado os valores pagos ao produtor independente, alegando dificuldade de venda da carne", explica o boletim semanal do Centro.
No atacado, assim como indicam as agroindústrias, a realidade também é de baixa. Na região da Grande São Paulo, a carcaça especial suína se desvalorizou 8,6% entre 29 de dezembro e 11 de janeiro, com negócios na média de R$ 6,64/kg. Já o preço da carcaça comum recuou 8,3% no mesmo período, passando para R$ 6,20/kg.
Diante do cenário de dificuldade, o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), Lozivanio de Lorenzi, lembra que os suinocultores já obtiveram prejuízos no ano passado, destacando a importância de recuperação do mercado nas próximas semanas.
Frango vivo: Cotação recua novamente em Minas Gerais e São Paulo
Por Larissa Albuquerque
O preço do frango vivo no mercado independente de Minas Gerais e de São Paulo registraram nova baixa nesta semana. Segundo divulgou a Avimig (Associação dos Avicultores do Estado) a cotação caiu R$ 0,05 nesta quinta (12), deixando a referência em R$ 2,90/kg.
Em São Paulo, o preço estava estável desde o final da última semana, em R$ 2,80/kg. Agora a referência para os negócios está em R$ 2,75 o quilo do animal vivo.
A dificuldade nas vendas do mercado interno, e o desempenho abaixo do esperado no consumo do final do ano, são os principais fatores baixistas. Conforme explicam analistas, além da fraqueza típica de inicio de ano, a baixa nas vendas de dezembro causou excedente de oferta.
Considerando a cotação de um ano atrás, os negócios realizados em São Paulo tiveram como base a cotação de R$2,80/kg. Portanto, no momento, seu valor é, nominalmente, cerca de 1,8% inferior. E, em termos reais (isto é, considerada a inflação dos últimos 12 meses) mais de 8% menor.
0 comentário
Nota Oficial: Nelore/MS cobra reparação do Carrefour Brasil e França
Carnes do Mercosul: Abiec lamenta posicionamento de CEO do Carrefour
Mapa rechaça declaração do CEO do Carrefour sobre carnes produzidas no Mercosul
Trimestrais da pecuária: cresce o abate de bovinos, suínos e frangos
Abiec destaca avanços do Brasil em sustentabilidade na pecuária, em conferência mundial
Assinatura eletrônica para certificados sanitários para produtos de origem animal alcança 50 mil solicitações