Demanda fraca de início de ano dificulta evolução nos preços das carnes
Boi Gordo: Oferta curta de boiadas, mas mercado estável
Por Hyberville Neto, médico veterinário da Scot Consultoria
Mercado do boi gordo começou o ano com poucas alterações.
O cenário de oferta limitada de boiadas, que seria um fator positivo, esbarra na demanda calma de início de ano e nas expectativas de que o cenário se mantenha assim no curto prazo.
De toda forma, as programações de abate das indústrias não estão confortáveis, o que faz com que surjam valores maiores que a referência, mas de maneira pontual.
Houve alterações apenas em duas praças.
No mercado atacadista de carne com osso as cotações estão estáveis, com os vendedores à espera de uma definição maior do mercado.
Tanto oferta como demanda devem permanecer contidas, o que deve manter o cenário calmo para o boi gordo.
Suíno vivo: Demanda fraca de início de ano faz cotações recuarem em SC, MG e SP
Por Larissa Albuquerque
Refletindo a baixa movimentação de mercado, tradicional em janeiro, as bolsas de suínos três estados relataram queda nesta semana. O cenário já era esperado pelo setor, visto o enfraquecimento da demanda no período. Porém, produtores e associações acreditam na recuperação da cadeia em 2017.
Após duas semanas de estabilidade, em Santa Catarina, o ano começou o ano com queda de R$ 0,20 por quilo de animal comercializado. Assim, a referência saiu de R$ 4,20 para R$ 4/kg, segundo divulgou a ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos).
Conforme explicou, em nota, o presidente da Associação, Losivanio Luiz de Lorenzi, afirmou que “em dezembro houve uma comercialização muito forte de suínos no mercado independente, baixando o peso de abate, sendo que muitos produtores não ofertarão animais neste início de ano. Gradativamente haverá uma recuperação do setor ainda no primeiro trimestre”, ressalta.
Em depoimento a ACCS, o produtor Marcos Spricigo, localizado na região do Meio-Oeste Catarinense, destacou ser sazonal o enfraquecimento do mercado nas primeiras semanas do ano. "Em contrapartida, o custo de produção também está em queda, fator que compensará a queda no valor do animal”, diz.
Em Minas Gerais a semana também é de baixa. Segundo a Asemg (Associação dos Suinocultores do Estado), a bolsa de suínos abriu o ano com preço de R$ 4,50/kg - queda 5,41% de em relação ao fechamento anterior.
Na segunda (2) a bolsa de comercialização de suínos “Mezo Wolters“, em São Paulo, fechou com queda de 2,298%. Segundo informações reportadas pela APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) a nova referência de negócios está entre R$ 85,00 a R$ 87,00/@ [equivalente a R$ 4,53 a R$ 4,64/kg] vivo nas condições bolsa.
Frango vivo: Cotações voltam a recuar em SP e MG
Por Larissa Albuquerque
Nesta terça-feira (3) as cotações do frango vivo no mercado independente fecharam com queda em duas praças, São Paulo e Minas Gerais.
No mercado paulista, a referência para os negócios saiu de R$ 3/kg para R$ 2,95/kg, registrando queda de 1,67. Já em Minas Gerais o recuo foi ainda mais expressivo (R$ 0,20 por quilo de animal vivo), passando de R$ 3,30 para R$ 3,10/kg.
Para pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os “agentes do setor não têm expectativa de melhora nas vendas no curto prazo, já que o mercado deve ficar ainda mais lento nas próximas semanas”, diz o boletim semanal do Centro.
Apesar do momento de lentidão enfrentado no último bimestre, as expectativas são positivas para 2017. No mercado interno a tendência é de recomposição dos preços devido a ajuste produtivo realizado pela cadeia. “Os custos devem permanecer elevados, fazendo com que o controle de oferta seja uma necessidade primária para que o setor consiga a maior rentabilidade possível”, considera o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Outro fator que poderá favorecer a cadeia neste ano são os casos de gripe aviária na Ásia e Europa, com a possibilidade de elevar as vendas externas brasileiras.
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