Cenário econômico pós Impeachment depende de aprovação de medidas. Retomada de crescimento será lenta
Após a confirmação de impedimento na continuidade do governo Dilma Rousseff nesta quarta-feira (31), a população brasileira se pergunta qual o real efeito a medida para a economia no curto e médio prazo.
Sofrendo a sexta queda consecutiva o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro fechou com recuou de 0,6% no segundo trimestre de 2016, sendo a pior retração sofrida pelas principais economias globais no período.
A esperança é que com a posse definitiva do presidente Michel Temer, enfim, a econômica do Brasil passa voltar à escala crescente. No entanto, o economista Jason Vieira, alerta que a recuperação dos índices dependerá da aprovação das medidas necessárias no Congresso Nacional.
Em prioridade está a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que define um teto para os gastos públicos. "A dívida do governo anterior deve continuar crescente por pelo menos mais um ano, portanto o controle dos gastos é fundamental", lembra Vieira.
Em sua posse, Temer, defendeu em cadeia nacional nesta a imposição de um limite para os gastos do governo e a realização das reformas da Previdência e da legislação trabalhista.
Jason afirma que a capacidade da equipe econômica nomeada pelo presidente é incontestável, porém, a habilidade política de Temer "será fortemente testada nos próximos meses", já que a PEC precisa ser votada ainda neste ano.
Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o crescimento de 1,6% no Produto Interno Bruto (PIB), previsto para o próximo ano, permitirá que a equipe econômica obtenha os recursos por meio de outras medidas.
Já no longo prazo, o economista considera que o governo deverá medir seus esforços para manter o crescimento do Brasil acima de 2% [ainda baixa se comparada aos demais países emergentes].
Câmbio
O câmbio que vem se mantendo na faixa de R$ 3,20 nos últimos meses, também poderá sofrer impactos relacionados a troca de governo. Conforme explica Vieira, "com a conclusão o impeachment o mercado deve se voltar a partir de agora para os Estados Unidos que tem perspectiva de elevação de juros."
Dessa forma, há uma perspectiva de elevação na taxa de câmbio até o final do ano. Porém, o economista lembra que "quando o FED [banco central norte-americano] começa a avisar sobre um possível aumento, de certa forma já está reduzindo o impacto da alta do dólar."
Portanto, Jason acredita que o dólar possa alcançar os R$ 3,65 no final do ano.
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