Primeiro efeito do El Niño na economia brasileira: PIB recua 2,4 %
Diante da acentuada deterioração da economia brasileira no terceiro trimestre de 2015, nem a agropecuária conseguiu escapar das baixas. Os números divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, na comparação com o trimestre anterior, houve um recuo de 2,4% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor — embora no acumulado do ano, siga como o único a ter um desempenho positivo.
Para Antônio da Luz, economista-chefe do sistema Federação da Agricultura do Estado (Farsul), os números do terceiro trimestre mostram o primeiro impacto na economia dos efeitos trazidos pelo fenômeno climático El Niño. Por enquanto, revelam a situação registrada na Região Centro-Oeste e Sudeste, onde a seca diminuiu o ritmo de abates de gado.
Há ainda o peso das perdas estimadas nas lavouras de cana-de-açúcar, café e laranja, produtos com produção concentrada no Sudeste. As colheitas devem encolher 4,2%, 6,4% e 3,3%, respectivamente.
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