Fala Produtor - Mensagem

  • Carlos Mello palmeira das missões - RS 16/09/2009 00:00

    Sucessão Familiar no campo, Dívidas Rurais e Crédito Agrícola: Limitado a agricultores com até 8 módulos fiscais ou caso a caso. -- Nossa situação é insustentável. Não podemos mais ficar sem crédito para nossas pequenas propriedades. Temos que agilizar tudo isto urgentemente e termos resoluções neste sentido já e agora. Pois do contrário não adianta nem fundo de catástrofe, flexibilização, fundo garantidor, etc, muito menos resolver os passivos das leis ambientais.

    Portanto, temos que diluir nossas parecelas junto ao Banco do Brasil: carência, bônus pela adimplência das parcelas e juros mínimos. Só assim teremos possibilidade de pagamento junto à "tecla" do Banco do Brasil, e assim termos novos créditos. Pois nem nossos filhos estão podendo financiar, porque os pais estão inadimplentes, sem capacidade de crédito, ou participaram da renegociação que resultou na Lei 11.775 (uma lei para o sistema bancário e um caos para estes agricultores).

    E mais, é urgente um financiamento, aqui sim com um fundo garantidor e/ou garantia do governo, para sanarmos nossos passivos com as firmas de agroinsúmos e cooperativas (aqui os problemas chegam a ser mais catastróficos do que os no sistema bancário). Temos que trazer estes passivos para as normativas de crédito rural urgentemente.

    Tem uma frase que devemos prestar extrema atenção: Não dá para tratarmos agricultores desiguais (principalmente em escala de produção ou capacidade de garantias) com as mesmas normativas ou tratativas de negociação de dívidas rurais e crédito como se fossem todos iguais. E pior ainda, tratar como desiguais na hora de receber crédito ou não. Nós, os pequenos, é claro, estamos fora !!!

    O endividamento agrícola não deixa nós pequenos agricultores trabalhar e produzir no campo. E quem está na MP 432 (Lei 11.775), adimplente ou inadimplente, não tem mais crédito.

    Alguma coisa tem que ser feita urgentemente para as nossas dívidas, tanto fora dos bancos como para com eles.

    Temos que olhar para situações regionais, e até e principalmente individuais, urgentemente. Temos que ter urgentemente um projeto político-produtivo, e não politico-financeiro e/ou bancário.

    Um dos grandes problemas é que nossos representantes só pensam no macro, e aí dão a entender que está tudo ok, como nosso secretário de politica agrícola Edilson Guimarães e o representante do agronegócio do Banco do Brasil Guedes Pinto.

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    Coordenador executivo - Carlos Mello

    Pequeno Agricultor

    Palmeira das Missões – RS

    16 de setembro de 2009.

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