Fala Produtor - Mensagem

  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 15/06/2009 00:00

    MAIS UMA...

    - É IMPRESSIONANTE, QUANDO SE DE DEIXA DE USAR A "RAZÃO" PARA APROVEITAR-SE DA "PAIXÃO" E DO DESCONHECIMENTO TOTAL DAS PESSOAS E DE SI MESMO.

    - Hoje, também temos mais uma denuncia dos greenpeace contra diversos frigorificos e utilizando os "tolinhos" dos Supermercados. IMPRESSIONANTE. Lembro que boa parte das arrecadações do "greenpeace" vem de nossos filhos, sobrinhos, funcionários, aliados e até de nossas "esposas". OU SEJA, INIMIGOS MEUS.

    Prof. Clímaco Cézar

    [email protected]

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    12/06/2009 - 11h06

    Uma salva de palmas para Carlos Minc

    Por Maria Dalce Ricas*

    Das crises nascem as soluções. Ou, pelo menos, criam-se ambiente mais propício. E criar uma crise tem sido o grande mérito de Carlos Minc. Ao contrário da senadora Marina Silva, que, durante todo seu mandato, protestava timidamente contra a quase ridicularidade pública de sua pasta, imposta por outros ministros, Minc tem coragem de "botar a boca no trombone", expõe-se na mídia, e diz, abertamente, que interesses econômicos e políticos continuam prevalecendo sobre propostas mínimas de preservar a floresta amazônica. E, felizmente, a imprensa tem lhe dado espaço, incomodando, pela primeira vez, em quase oito anos de mandato, o rolo compressor do atual governo sobre a área ambiental.

    Talvez Lula não tivesse convidado Minc para ministro se tivesse sido melhor informado de sua vida de militante ambientalista. Ele conhece todas as tramóias políticas costumeiras utilizadas pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), madeireiros, empreiteiras, parlamentares e ministros que querem se eleger às custas do cargo, empregando dinheiro público em projetos tão degradadores que não suportam análises elementares de custo/benefício. Mesmo sem intenção, Minc está contribuindo para desacreditar a retórica de Lula nos fóruns internacionais, tentando convencer a comunidade pública internacional que se preocupa com a derrubada e incêndios da floresta amazônica, fontes de emissão de gases de efeito estufa que colocam o Brasil como 4º maior emissor do planeta.

    A lista de atos (conhecidos) desse governo contra o meio ambiente é lamentável e preocupante, pois tem anulado normas jurídicas indispensáveis à possibilidade de preservar ambientes naturais no país. Nessa área, Lula assina tudo que seus ministros "cinzentos" colocam em sua mesa: modificou decreto que havia assinado, exigindo cumprimento do Código Florestal; revogou a legislação que protegia o rico acervo de cavernas brasileiras; dispensou, através de medida provisória, licenciamento para ampliação e asfaltamento de rodovias; transformou o teto mínimo de 0,5% da compensação ambiental em máximo; recusa-se a criar unidades de conservação que possam prejudicar projetos econômicos e políticos, e para completar, quer institucionalizar a grilagem de terras na Amazônia.

    Além disso tudo, permite que Dilma Roussef, Reinhold Stefhanes, Mangabeira Unger e Edson Lobão liderem campanha para mudar o Código Florestal, "porque atrapalha o desenvolvimento do país", argumento de fazer inveja até à ditadura militar. Menos de 1% do orçamento do governo é destinado ao Ministério do Meio Ambiente e nem a crise mundial faz a "turma do machado" pensar um pouco mais sobre a insustentabilidade do modelo econômico baseado no aumento sem limite do consumo e na dilapidação da natureza.

    Lula deve estar numa "sinuca de bico". Sua turma está "fritando" o ministro do meio ambiente, mas vai espirrar muito óleo quente em seu governo, fortalecendo ainda mais a imagem de irresponsabilidade ambiental do Brasil perante o mundo. E tomara que as queimaduras sejam de terceiro grau!

    * Maria Dalce Ricas é Superintendente Executiva da Amda – Associação Mineira de Defesa do Ambiente

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