Fala Produtor - Mensagem

  • Denise Abujamra Hage Pompéia Coutinho Jacarezinho - PR 22/05/2009 00:00

    João Batista,

    Gostaria de salientar que outro dia, assistindo ao seu programa, você dizia que precisava mudar o pessoal de cabelos brancos das lideranças do setor cafeeiro (pois já estavam esgotados de tanto lutar) para darem espaço aos jovens, na tentativa de encontrar novos rumos para o café.

    Concordo com seu raciocínio, PORÉM como um pai de família que sou e CAFEICULTOR SOFRIDO, não quero um futuro destes para meus filhos, e uma coisa muito importante de se salientar é que não Vislumbro sucessores para este setor... Estamos vivenciando uma situação muito perigosa para toda a cadeia do café e ninguém acordou para isto !!!!!!!

    Estão MATANDO A GALINHA DOS OVOS DE OURO (ou seja, nós produtores) e não existe JOVENS passíveis de concordar com tal situação e diante disto, NÃO QUEREM NEM SABER QUEM INVENTOU ESTE TAL DE CAFÈ !!!! Então, imagine só o que os torradores e exportadores vão fazer quando tudo acabar !!!! (e do jeito que a coisa anda, o futuro é bem próximo)

    Abraços

    E Vamos em frente !!!!

    Leonardo Pompéia Coutinho

    Vice- presidente do Sindicato Rural de Jacarezinho / PR

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    Segue um e-mail que recebi...

    POLÍTICA AGRÍCOLA I: BB quer evitar renegociação de dívidas rurais

    O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil (BB), Luiz Carlos Guedes, quer implementar mecanismos para diminuir as sucessivas renegociações e prorrogações das dívidas dos produtores rurais. "Este é o caminho natural para o fortalecimento da agricultura e do agronegócio brasileiro", disse Guedes durante audiência pública, nesta terça-feira (19/05), no Senado.

    Audiência - Ele participou da audiência junto com os dirigentes do Banco do Brasil para prestar esclarecimentos sobre a política de liberação de recursos para o agronegócio com vistas ao enfrentamento da crise internacional. A audiência foi proposta pelo senador Gilberto Goellner, membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Também participou da audiência o diretor de Agronegócios do BB, José Carlos Vaz.

    Medidas - Entre as providências a serem tomadas, estão o aperfeiçoamento do seguro rural e da política de garantia de preço dos produtos agrícolas. Para Guedes, essas constantes renegociações e prorrogações ocorridas ao longo dos últimos 20 anos vêm causando mal-estar para os agricultores, o Tesouro Nacional e os agentes financeiros, especialmente o Banco do Brasil, responsável, segundo Guedes, por mais de 60%do financiamento da agricultura. Como solução ele defendeu a criação de uma política econômica específica para a agricultura, dando o tratamento diferenciado que a mesma exige, modelo adotado por muitos países.

    Apelo - O senador Raimundo Colombo fez um apelo aos dirigentes do Banco do Brasil e pediu agilidade na liberação dos recursos, já que, para o senador, apesar de o crédito existir no BB, esse recurso não chega aos produtores rurais e suas cooperativas, que estão tendo que diminuir suas atividades.

    Resposta - Em resposta, José Carlos Vaz assegurou que existe uma forte orientação dentro do banco para dar o máximo de crédito possível para as cooperativas regularizadas, de modo que as mesmas não tenham necessidade de recorrer a empréstimos de taxa livre.

    Grupo de trabalho - O senado Gilberto Goellner, por sua vez, sugeriu um grupo de trabalho que envolvesse os ministérios da Fazenda e da Agricultura, os bancos Central e do Brasil, a Comissão de Agricultura do Senado e representantes do agronegócio para fazer uma avaliação do panorama das dívidas rurais e do crédito e discutir um novo modelo de riscos e renda para a agricultura. (Informe OCB)

    POLÍTICA AGRÍCOLA II: Governo estuda criar fundo garantidor de crédito de até R$ 15 bi

    O governo avalia criar uma fundo garantidor de crédito (FGC) de até R$ 15 bilhões para estimular a produção agropecuária e elevar a oferta de crédito ao setor rural na próxima safra. Fundos semelhantes já foram criados para auxiliar o crédito imobiliário, as pequenas e médias empresas e as exportações. O Tesouro Nacional deve capitalizar o novo fundo ou oferecer garantias para sua constituição, mas não bancará 100% do risco das operações, informou ontem o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, em audiência pública no Senado.

    FGC Rural - Pelo desenho sob avaliação, o "FGC Rural" teria participação de produtores rurais e de agentes financeiros em seu capital para complementar as garantias. O mecanismo, segundo o Banco do Brasil, aumentaria o volume de recursos a juros subsidiados pelo Tesouro e ajudaria a suprir a ausência de tradicionais financiadores da safra, como tradings e fornecedores de insumos.

    Tratamento diferenciado - A criação do fundo também conferiria um tratamento diferenciado ao crédito rural e socorreria um setor fragilizado pelo excesso de ofertas (produtores) e alta concentração de compradores da safra (empresas). Ainda sem consenso na área econômica do governo, o novo fundo tem no Banco do Brasil um de seus grandes defensores. Seria uma forma, segundo o banco público, de ampliar o acesso de produtores ao crédito rural, o que também levaria a uma elevação em sua base de clientes.

    Ajuda - "O fundo pode ajudar produtores em dificuldades e incrementar o crédito para o setor. O Ministério da Agricultura está estudando e deve aprofundar a questão", revelou o diretor do BB aos senadores. "Mas teria que elevar crédito, e não apenas manter. É conveniente aprovar, mas não pode transferir 100% do risco ao Tesouro", disse ele.

    Teto - O "FGC Rural" poderia aumentar o teto de recursos a juros controlados e ajudaria a rever casos, de maneira pontual, de rebaixamento da classificação de risco de crédito para operações rurais renegociadas. Uma resolução do Banco Central impõe a reclassificação automática do risco para produtores com dívidas prorrogadas. A norma eleva o status de risco dos produtores e impede a concessão de novos créditos.

    Provisionamento - O novo fundo, de acordo com o diretor José Carlos Vaz, cobriria os valores de provisionamento (reserva para eventuais calotes) de novos créditos oferecidos pelos bancos, mas não trataria de provisões antigos. A carteira rural do BB tem hoje um risco médio de 20,6% (níveis "D" a "H") nas operações rurais renegociadas. É um índice de provisionamento considerado alto pelo sistema financeiro. "Diria que é impossível carteira ter default do tamanho das provisões. Mas, hoje, prorrogar crédito é agravar risco. Ainda que seja possível mitigar esses riscos", disse o diretor.

    Piora - De 2003 a 2009, o BB registrou uma piora na carteira rural, que hoje soma R$ 65,3 bilhões. As provisões (reservas para eventuais calotes) saltaram de R$ 493 milhões (1,3% do total) para R$ 5,1 bilhões (8,1%). A carteira de crédito aumentou 2,3 vezes no período, mas as provisões cresceram a um ritmo muito superior de 10,3 vezes, segundo o banco. Em 2003, o BB tinha apenas 3% de sua carteira classificada nos piores níveis de risco ("D" a "H"). Atualmente, tem 14,6% do total. O banco informa que 22,6% de toda a sua carteira de crédito rural é composta por dívidas prorrogadas. O "FGC Rural" ajudaria a reduzir o nível de classificação de risco dessas operações.

    Renegociações - Ao defender a difusão de instrumentos de renda como subsídios ao seguro rural e à proteção de preços ("hedge"), o vice-presidente de Agonegócios do BB, Luís Carlos Guedes Pinto, pediu a "superação das sucessivas prorrogações" e o fim das renegociações de dívidas. "Temos que impedir que as renegociações voltem a ocorrer", disse. "São mais complexas do que crédito e geram congestionamentos, geram desgaste político muito grande. E as provisões são prejuízos diretos ao banco". Guedes informou que os 1,3 milhão de contratos fechados pelo Banco do Brasil ficariam menos onerosos ao Tesouro se houvesse uma cobertura maior de seguro e "hedge". "Tem de haver a separação dos riscos da atividade dos riscos do produtor". (Valor Econômico)

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