Amigos do Notícias Agrícolas e amigos da avicultura. De tanto brigarmos, inclusive no site Noticas Agricolas, já estamos conseguindo algumas importantes vitórias no tocante à necessaria manutenção ou ampliação dos limites de créditos por imposição do BACEN e que agora vê que precisa voltar atrás. As maiores dificuldades atuais do agronegócio não são recursos e nem linhas de crédito, mas as reduções dos limites de créditos das agroindustrias como o BACEN admite e, agora, condena.
Pena que nenhum politicio disse que este foi o primeiro e constante pleito da avicultura, por nós assessorada. Penso que tal noticia deveria ser enviada, imediatamente, para todos os associados da UBA e da ABEF.
Veja a notícia:
BC avalia medida que preserva status de risco de produtor
O Banco Central avalia transformar em uma regra obrigatória a
resolução que orienta as instituições financeiras a manter, e não a
rebaixar automaticamente, a classificação de risco das operações de
crédito rural renegociadas por iniciativa do governo.
A medida pode elevar a oferta de crédito bancário ao setor, já que
haveria menos necessidade de manter grandes reservas contra riscos de
calotes dos produtores nos bancos. "Vamos ver se o Banco Central tem
poder de obrigar", afirmou ontem, em audiência pública no Senado, o
diretor de Liquidação e Desestatização do BC, Antonio Gustavo Matos do
Vale.
As principais lideranças ruralistas afirmam que a medida do BC seria
mais importante do que uma eventual elevação do volume de crédito para
a safra 2009/10. "Não me preocupo com crédito, mas com as condições de
adimplência porque 60% dos produtores não têm como tomar empréstimos
novos", disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária
(CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO). A confederação dos trabalhadores
(Contag) também concorda: "Mais do que crédito, precisamos de preços e
juros baixos", disse o secretário de Finanças, Juraci Souto.
Os bancos têm rebaixado de forma automática o risco de crédito dos
clientes que renegociam suas dívidas. As instituições alegam que a
Resolução nº 2682 do BC traz essa indicação. Aos senadores da Comissão
de Agricultura, o diretor do BC informou que uma resolução posterior
(nº 3499) já havia incluído as operações de crédito rural na
orientação geral para evitar o rebaixamento do riscos individuais.
"Essa resolução diz claramente que estão incluídas as operações de
crédito rural. Sem dúvida nenhuma, era essa a intenção", disse Matos
do Vale.
Na audiência, marcada pela baixa participação de senadores, os
representantes do setor rural lançaram as bases de uma proposta para
uma nova renegociação das dívidas rurais. "Todo mês o Conselho
Monetário Nacional aprova sete ou oito votos para prorrogar algumas
dívidas e não tem adiantado", reclamou a senadora. "Não é discurso de
oposição, de ataque ao governo, mas não há mais o que fazer". A
presidente da CNA lembrou que o setor passou por três safras (2003 a
2006) com câmbio descasado entre os momentos de plantio e colheita,
além dos efeitos climáticos negativos em lavouras do Sul do país. E
pediu aos colegas: "Temos que paralisar a votação, obstruir a pauta e
resolver a situação."
Para reforçar a tese da urgência de medidas de socorro do governo ao
setor, o economista e professor Guilherme Leite Dias, agora também
consultor da CNA, fez previsões alarmantes sobre as dificuldades da
agropecuária nos próximos meses. Em audiências no Senado e na Câmara
dos Deputados, Dias afirmou que o setor entra na crise financeira
global fragilizado pela elevação da inadimplência nos últimos três
anos e comprometido pela falta de capital de giro, derivada da perda
de poder de compra e da produtividade em baixa na atual safra.
A inadimplência nos bancos fechou em 12% no ano passado, mas deve
ultrapassar 15% antes da safra de verão, segundo Dias. "Não faz
sentido bater recordes de produção sem oferta de crédito. Não é bom
negócio produzir mais, sobretudo para a exportação", afirmou. "Isso
porque a demanda mundial está em baixa, o nível de atividade dos
países emergentes deve declinar muito nos próximos seis meses e os
preços podem derreter ao longo do ano", disse.
Espécie de "guru econômico" no setor, Dias afirmou que se os
produtores do Hemisfério Norte plantarem "um pouco mais", o Brasil
enfrentará um "cenário ruim" no segundo semestre deste ano. "O câmbio
é confortável, com tendência de alta, mesmo com preços de commodities
em baixa. Mas as tradings estão em situação de risco, a renda desaba
no mundo e a Rússia e a China [principais compradores do agronegócio
nacional] reduziram preços e demanda", disse. Para ele, "não tem
sentido dizer que todos devem pagar agora" suas dívidas. "É preciso
acenar aos bancos que vamos pensar numa saída, que vem um tipo de
Amigos do Notícias Agrícolas e amigos da avicultura. De tanto brigarmos, inclusive no site Noticas Agricolas, já estamos conseguindo algumas importantes vitórias no tocante à necessaria manutenção ou ampliação dos limites de créditos por imposição do BACEN e que agora vê que precisa voltar atrás. As maiores dificuldades atuais do agronegócio não são recursos e nem linhas de crédito, mas as reduções dos limites de créditos das agroindustrias como o BACEN admite e, agora, condena.
Pena que nenhum politicio disse que este foi o primeiro e constante pleito da avicultura, por nós assessorada. Penso que tal noticia deveria ser enviada, imediatamente, para todos os associados da UBA e da ABEF.
Veja a notícia:
BC avalia medida que preserva status de risco de produtor
O Banco Central avalia transformar em uma regra obrigatória a
resolução que orienta as instituições financeiras a manter, e não a
rebaixar automaticamente, a classificação de risco das operações de
crédito rural renegociadas por iniciativa do governo.
A medida pode elevar a oferta de crédito bancário ao setor, já que
haveria menos necessidade de manter grandes reservas contra riscos de
calotes dos produtores nos bancos. "Vamos ver se o Banco Central tem
poder de obrigar", afirmou ontem, em audiência pública no Senado, o
diretor de Liquidação e Desestatização do BC, Antonio Gustavo Matos do
Vale.
As principais lideranças ruralistas afirmam que a medida do BC seria
mais importante do que uma eventual elevação do volume de crédito para
a safra 2009/10. "Não me preocupo com crédito, mas com as condições de
adimplência porque 60% dos produtores não têm como tomar empréstimos
novos", disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária
(CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO). A confederação dos trabalhadores
(Contag) também concorda: "Mais do que crédito, precisamos de preços e
juros baixos", disse o secretário de Finanças, Juraci Souto.
Os bancos têm rebaixado de forma automática o risco de crédito dos
clientes que renegociam suas dívidas. As instituições alegam que a
Resolução nº 2682 do BC traz essa indicação. Aos senadores da Comissão
de Agricultura, o diretor do BC informou que uma resolução posterior
(nº 3499) já havia incluído as operações de crédito rural na
orientação geral para evitar o rebaixamento do riscos individuais.
"Essa resolução diz claramente que estão incluídas as operações de
crédito rural. Sem dúvida nenhuma, era essa a intenção", disse Matos
do Vale.
Na audiência, marcada pela baixa participação de senadores, os
representantes do setor rural lançaram as bases de uma proposta para
uma nova renegociação das dívidas rurais. "Todo mês o Conselho
Monetário Nacional aprova sete ou oito votos para prorrogar algumas
dívidas e não tem adiantado", reclamou a senadora. "Não é discurso de
oposição, de ataque ao governo, mas não há mais o que fazer". A
presidente da CNA lembrou que o setor passou por três safras (2003 a
2006) com câmbio descasado entre os momentos de plantio e colheita,
além dos efeitos climáticos negativos em lavouras do Sul do país. E
pediu aos colegas: "Temos que paralisar a votação, obstruir a pauta e
resolver a situação."
Para reforçar a tese da urgência de medidas de socorro do governo ao
setor, o economista e professor Guilherme Leite Dias, agora também
consultor da CNA, fez previsões alarmantes sobre as dificuldades da
agropecuária nos próximos meses. Em audiências no Senado e na Câmara
dos Deputados, Dias afirmou que o setor entra na crise financeira
global fragilizado pela elevação da inadimplência nos últimos três
anos e comprometido pela falta de capital de giro, derivada da perda
de poder de compra e da produtividade em baixa na atual safra.
A inadimplência nos bancos fechou em 12% no ano passado, mas deve
ultrapassar 15% antes da safra de verão, segundo Dias. "Não faz
sentido bater recordes de produção sem oferta de crédito. Não é bom
negócio produzir mais, sobretudo para a exportação", afirmou. "Isso
porque a demanda mundial está em baixa, o nível de atividade dos
países emergentes deve declinar muito nos próximos seis meses e os
preços podem derreter ao longo do ano", disse.
Espécie de "guru econômico" no setor, Dias afirmou que se os
produtores do Hemisfério Norte plantarem "um pouco mais", o Brasil
enfrentará um "cenário ruim" no segundo semestre deste ano. "O câmbio
é confortável, com tendência de alta, mesmo com preços de commodities
em baixa. Mas as tradings estão em situação de risco, a renda desaba
no mundo e a Rússia e a China [principais compradores do agronegócio
nacional] reduziram preços e demanda", disse. Para ele, "não tem
sentido dizer que todos devem pagar agora" suas dívidas. "É preciso
acenar aos bancos que vamos pensar numa saída, que vem um tipo de
renegociação para criar horizontes".
Fonte: Valor Econômico