A arrecadação e o povo vão muito bem, e tendem a melhorar, mas como vão os estados, municípios, o agronegócio e as empresas?

Publicado em 03/05/2010 13:13 e atualizado em 12/05/2010 11:53

O governo federal arrecada, cada vez mais, e distribui, cada vez menos, para estados e municípios? Como está o teu estado? Quais as tendencias para as arrecadações?

Por outro lado, os fundos de pensão se apoderam da economia, via especulações crescentes, e nada aplicando nas produções e no agronegócio, exatamente onde somos

Mais fortes internacionalmente. Como conter seus apetites e torná-los mais sociais,justos e responsáveis com o desenvolvimento não-especulativo do país?

A chegada de 15,1 milhões de pessoas às classes A e B até 2014 deve duplicar o número de
contribuintes que recolhem Imposto de Renda. A arrecadação do Governo terá um aumento expressivo.
A redução da desigualdade vai fazer com que mais pessoas ascendam socialmente, aumentando o numero de contribuintes e melhorando a situação econômica do Pais. Em quatro anos, o país terá menos pobres no percentual da população.


A Evolução social irá se refletir no numero de contribuintes de Imposto de Renda, que pode dobrar em quatro anos.



A redução das desigualdades e a elevação da arrecadação tributária irão modificar o panorama do desemprego no país.


Com mais gente no mercado de trabalho, a oferta de crédito irá se intensificar.


... e a elevação no déficit da Previdência será estancada.
(será? e quanto a maior longevidade esperada e que muito ampliou os déficit nos países ricos?).

 


Em 2001 foi criada a CIDE-COMBUSTÍVEL, uma contribuição obrigatória de todos os brasileiros, que é paga quando ele compra combustível, destinada a conservar e ampliar toda a infra-estrutura de transporte e a programas de proteção ao meio-ambiente contra a poluição provocada justamente pelos combustíveis.
Nos últimos três anos, o Governo brasileiro arrecadou quase R$ 19,0 bilhões com a CIDE e só aplicou 30% deste valor na infra-estrutura de transporte. O dinheiro foi usado para pagar dívidas da União, para ajudar os estados a pagarem folhas de salários, para pagar despesas com o serviço médico de servidores e até indenização de funcionários da Rede Ferroviária Federal.

 


No ano passado, os estados e municípios começaram a receber recursos da CIDE para investir em infraestrutura de transporte. Eles receberam R$ 1,1 bilhão quando deveriam receber mais de R$ 2 bilhões. O mais grave é que eles recebem quando o Governo Federal envia e não quando eles precisam de acordo com a velocidade de suas obras.
Será que os recursos recebidos da CIDE estão compatíveis com as necessidades de teu Estado? Ou será que teu Estado arrecada bem mais do que recebe ?


E a nossa Previdência Social, como vai a sangria anual e que nós na ativa e até alguns aposentados pagamos regiamente. Será que ela realmente se recupera ainda mais agora que a população está ficando mais longeva?


Os números a seguir mostram que, injustamente, os milhares de TRABALHADORES PRIVADOS, AUTÔNOMOS E OS EMPREGADORES, praticamente, sustentam as suas aposentadorias e a de poucos funcionários públicos (17% de marajás?) e que ganham cerca de 4 vezes mais do que os empregados privados e dos demais quando se aposentam.

Na aposentadoria complementar, embora os Fundos de Pensão se orgulhem muito da sua participação crescente no PIB, é bom para o Brasil e seu povo ver sua economia cada vez mais concentrada na mão de Fundos, crescentemente especulativos e que pouco geram de emprego e de renda direta e segura para o País?

A maior parte dos investimentos fica no Sudoeste do Brasil e o Nordeste (com toda a sua necessidade de desenvolvimento socioeconômico e para gerar cidadania), praticamente, nada recebe, mesmo com seu elevado potencial turístico e de agronegócios com alto valor agregado (frutas, horticulas etc..) e a grande necessidade de obras de infra-estrutura, inclusive de transportes e portuária. Afinal, os Portos do NE ficam cerca de 4,0 mil km mais perto dos portos da U.E. e dos EUA do que os portos de São Paulo e Paraná, por exemplo, considerados superados, por alguns, pelas bem menores profundidades, seqüentes aterramentos/assoreamentos, com isolamentos e gargalos logísticos e ainda com altíssimos custos de manutenção, de atracação e de espera.

A maior parte dos recursos dos Fundos são destinados, infelizmente, a especulação financeira, inclusive à compra de títulos do Governo (e isto cresce cada vez mais, ou seja, pura especulação e ânsia de ganhar sem trabalhar e sem gerar empregos e rendas pelo suor direto). Quanto mais se eleva a SELIC, como agora, mais os Fundos e os Bancos ganham, inclusive com as valorizações de seus papéis – e de outros em suas carteiras - nas Bolsas.
Praticamente, nada se investe diretamente nas produções e nos agronegócios e muito menos em alta tecnologia e de que o Brasil tanto precisa, como no setor eletroeletrônico e de química fina. Será que se investissem, em parcerias de longo prazo e não-especulativas, nestas empresas, elas não estariam bem mais viabilizadas e não devendo tanto e se afastando do País?
Assim, pode vir a pergunta: Para que mesmo é que o País e o povo precisam de tais Fundos? (ainda mais considerando que em muitas empresas do agronegócio e outras em que investiram
especulativamente hoje estão quebradas e ainda há centenas de casos suspeitos de corrupções, desvios de recursos, más aplicações e até usos políticos, como possivelmente no atual caso da BANCOOP de Sampa). Será que tais Fundos estão, realmente, cumprindo a Legislação para que foram criados e, realmente, complementando a renda real dos seus associados como era na época em que se aposentaram e para o que contribuíram por muitos anos? Será que o Governo brasileiro, realmente, interfere na gestão/aplicações e até se apoderou das decisões de alguns Fundos? Porque nos EUA e Países da Europa há uma quebradeira crescente dos Fundos de Pensão? e também no Brasil? O Modelo precisaria ser repensado no Brasil? Será que eles deixam e que o Governo tem poder e coragem para tanto?

 

E QUANTO AO AGRONEGÓCIO E OS NOSSOS US$ 247,0 BILHOES DE RESERVAS, 100% ORIGINADOS
DELE?
O CRESCENTE DÉFICIT NA CONTA CORRENTE EXTERNA E O ELEVADÍSSIMO CUSTO BRASIL LEVAM A NECESSIDADE CRESCENTE DE INTERNALIZAR AINDA MAIS US$ ESPECULATIVOS E, COM ISTO, O AGRONEGOCIO EXPORTADOR DESABA, LEVANDO CONSIGO MILHARES DE EMPREGO E RENDAS PARA O
EXTERIOR. MUITAS UNIDADES FABRIS DE ALTA TECNOLOGIA ESTÃO SENDO DESATIVADAS E SENDO LEVADAS PARA OS PAÍSES CONCORRENTES, SOBRETUDO NA CHINA E NA INDIA.
Para 2010, permanece a expectativa de déficit de US$ 50,0 bilhões na conta-corrente externa, e que
precisará ser financiada pela entrada de muito mais US$, inclusive especulativos. Para 2011, a
previsão de déficit em conta corrente do bálano de pagamentos é de US$ 60,0 bilhões;
Já a previsão de superávit comercial em 2010 manteve-se em US$ 10,0 bilhões. Para 2011, a
estimativa para o saldo da balança comercial subiu de US$ 3,55 bilhões para US$ 4,50 bilhões;
Com isto, analistas reduziram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IDE) em 2010 de US$ 38,3 bilhões para US$ 38,0 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IDE permaneceu inalterada em US$ 40,0 bilhões;
Por outro lado, para Mendonça de Barros, a valorização do cambio no Brasil está diretamente ligada a nossa queda de competitividade. Nosso custo logístico de 20% do PIB, por exemplo, é quase do dobro de nossos concorrentes com os EUA (10%) Japão (11%) e Taiwan (13%). O Brasil precisaria investir 3,5% ao ano do PIB em infra-estrutura, mas só investimos 2,3%;
Também o custo da energia elétrica industrial é muito caro e subiu 74% entre 2001 e 2008. No
Brasil, em média a energia industrial custou US$ 118/MWH em 2008, ante US$ 70 nos EUA;
No caso do gás natural nossos custos, em média de US$ 12,50/m³, contra US$ 7,56 nos EUA e US$9,70 na Inglaterra. Outra seria questão que muito influencia a divida de assim o cambio é a nossa elevadíssima taxa de juros;
Em março/2010, frete de soja de Sorriso ao Porto de Santos custava US$ 139,00 t, frente ao valor de US$ 360,0 FOB da soja no Porto, ou seja, o frete representava 38% do valor do produto.

Além do câmbio especulativo e altamente prejudicial às exportações e desses elevados custos
descritos com energia elétrica, gás, fretes sobre matérias primas e produtos finais,
transportes e alimentação de funcionários etc.. vejam a seguir o pior do Custo Brasil e o
porque das Empresas - grandes geradoras de emprego renda e dividas - estarem deixando do
País (embora nada se admita e muito menos se divulgue).
Além de pagar IPI, PIS/COFINS e outros sobre as produções, e ICMS e outros sobre as
comercializações, e ISS e outros sobre os serviços locais e mais Previdência, as empresas nacionais e outras que aportam no Brasil – somente para cobrir as despesas funcionais têm que aprovisionar o dobro do valor do pagamento a titulo salarial, tudo repassado, devidamente, aos Governos e, pior, embutidos nos preços dos produtos, insumos, máquinas etc.. Com isto, saem prejudicados o Povo e os trabalhadores e apenas no Brasil isto ocorre com tanta intensidade e a maioria do Povo ainda aplaude e até acha normalíssimo.
Por muito menos do que isto (30%) se fez a Inconfidência Mineira e que libertou o povo do Jugo dos impostos à época, surgindo a República.

30/04/2010

Prof. Clímaco Cezar

AGROVISION - Brasília

climacoc@gmail.com

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Fonte: Agrovision

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