Riscos e Perdas: Meteorologia, uma ferramente útil quando bem interpretada, por Valdir Fries

Publicado em 11/11/2016 10:21
Valdir Edemar Fries é produtor rural em Itambé/PR.

Em anos de La Niña, o centro sul do país fica em alerta, os riscos de perdas ficam mais iminentes. Não há como negar, o clima sempre foi, e sempre será, uma das maiores preocupações do setor produtivo da agropecuária, e, ao longo da safra 2016/2017, preocupações ainda maiores para muitos dos meteorologistas, diante das aflições/expectativas do produtor rural, pode-se dizer que é “trabalho dobrado”.

A safra 2016/2017 teve seu início de plantio ainda na primeira quinzena de setembro, ganhou força com as frequentes chuvas no passar do mês, conforme planejado, e de acordo com as previsões de boas chuvas para época, mesmo com a umidade do solo adequada para o plantio desde o dia 30 de agosto, em respeito a Lei do Vazio sanitário, o Brasil ficou a esperar por um período de 10 dias para iniciar o plantio e ficar dentro da Legalidade, ou seja, no caso do Estado do Paraná, não ter plantas de soja nascidas antes de 15 de setembro.

Acompanhando inúmeras previsões divulgadas no dia a dia por vários Institutos de Meteorologia, estudando as imagens de satélite divulgadas, acompanhando no site Notícias Agrícolas,  planejamos as atividades fazendo a leitura dos mapas,  e decidimos antecipar ao máximo o inicio do plantio com base nas previsões estendidas para o período de setembro a janeiro, realizadas pela equipe da Somar Meteorologia, divulgada ainda em Julho no Canal Rural, pudemos acompanhar através do Mercado & Companhia.

E, ao que vem acontecendo até a presente data, e pelas perspectivas dos próximos dias, divulgadas na época e agora se confirma no dia a dia, tudo está ocorrendo conforme o previsto inicialmente.

Intercalando, ao todo, foram  utilizado três cultivares de soja no plantio desta área, realizado entre os dias 11 e o dia 30 de setembro, o que nos da um período de 20 dias de diferenciação da fase vegetativa, ou seja, os 20 dias de provável ocorrência de estiagem e ou chuvas irregulares, prevista (ainda em julho) para este final de novembro/16.

Previsões são previsões, e mesmo sendo previsões, sabemos que METEOROLOGIA é uma ferramenta importante na hora de planejarmos a data do plantio, devemos aprender cada vez mais, sabendo que perdas provocadas por eventos climáticos são sempre iminentes na atividade agropecuária, e assim devemos conviver com estes riscos.

Na busca por melhores resultados, o que NÃO podemos admitir, são perdas de produção por falhas na operacionalização do plantio…

Por mais que se cobre, por mais atenção que se pede, por mais experiencias que se tenha, quando acontecem, aí ficamos a nos perguntar…. Não soubemos contratar, ou não soubemos mandar?

Perdas provocadas por fator climático se justificam, perdas provocadas na operacionalização, seja de plantio ou de colheita se questiona! 

Se questiona com o objetivo de NÃO mais acontecer… O fazer certo.

Do mais é acreditar.

Fonte: Valdir Edemar Fries

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