A equipe econômica do Temer, Por Rodrigo Constantino

Publicado em 18/05/2016 12:12

Comento a nova equipe econômica do governo, concluindo que Temer tem, até aqui, acertado mais do que errado. Trata-se de equipe com nomes técnicos e capacidade de liderar reformas necessárias para recolocar nossa economia nos trilhos.

As medidas impopulares de Temer e a sombra de Dilma

Por Bernardo Santoro, publicado pelo Instituto Liberal

Em entrevista ao Fantástico no domingo, Michel Temer, Presidente em exercício do Brasil, foi perguntado acerca da possibilidade de ser candidato à reeleição em 2018. Ele não negou por completo, mas disse que hoje ele não seria candidato, e que é melhor ele não ser, pois isso lhe daria a independência para tomar medidas importantes para o Brasil, ainda que impopulares.

Que medidas impopulares seriam essas? E essas medidas afetam apenas 2018?

As medidas impopulares estão sempre ligadas à necessidade de redução de gastos públicos. Parece difícil para um leitor liberal acreditar nisso, pois parece música para os leitores desse espaço. Na prática, no entanto, isso nem sempre é uma realidade para a população mais pobre, que normalmente se encontra viciada em benefícios públicos, ou está vinculada através da previdência.

A previdência, diga-se, é o segundo maior gasto público do orçamento, atrás apenas do custeio de rolamento da dívida, sendo essas duas áreas aquelas que precisam ser imediatamente repensadas, no primeiro caso, para insatisfação dos aposentados e trabalhadores em geral, no segundo caso para os investidores e empresários que sustentam a economia brasileira. Reformas nas duas áreas são urgentes para redução da dívida pública, que está em quase três trilhões de reais, tendo um aumento de 497 bilhões de reais apenas no último ano, graças ao descalabro gerencial de “gerentanta” Dilma Rousseff.

Temer ou Dilma? Uma opção ética. 

Por Percival Puggina

Sempre em busca de alguma palavra de ordem com jeito de pedra para ser colocada no bodoque, ou de sofismas que pareçam argumentos para vencer discussões sem ter razão, a militância petista está usando as investigações que cercam membros do governo Michel Temer para atacar os defensores do impeachment. É como proclamar empate num jogo de 7 a 1.

Alto lá! Temer errou ao escalar ministros sob investigação? Claro que sim! Podemos nos dar por satisfeitos com a declaração formal de inocência que eles prestaram ao presidente em exercício? Obviamente não. O Presídio Central tem um número muito pequeno de réus confessos. A grande maioria é formada por bandidos que se dizem inocentes injustiçados. Não podemos, no entanto, incorrer na armadilha que a retórica petista, sempre ardilosa, pretende armar.

Como afirmou recente editorial de O Estado de São Paulo, para o PT só o PT é legítimo. Do STF ao TCU, passando pelas duas casas do Congresso Nacional, tudo mais deixou de ser legítimo quando seu governo perdeu a maioria. Boa parte, talvez a maior, da população que saiu às ruas em favor do impeachment não votou na chapa Dilma e Temer. Essa chapa foi uma escolha petista. Entre 2010 e 2015, se não eram exatamente unha e carne, Dilma e Temer não eram água e azeite. Ambos, com seus partidos, PT e PMDB, somaram votos e esforços para terem e manterem o poder. Os 54 milhões de eleitores que Dilma diz serem seus como moeda de cofrinho, somavam sufrágios dos dois maiores partidos brasileiros à época. Os votos estritamente pessoais dos personagens da chapa eram pouco significativos no pleito. Bastaria que o PMDB de um Estado de porte médio mudasse de lado na eleição de 2014 para que a dupla vencedora perdesse a eleição. Ao dizer que os 54 milhões de votos lhe pertencem, Dilma: 1) volta a mentir; 2) pratica um furto eleitoral retórico contra o PMDB e contra Michel Temer; e 3) esquece que já perdeu quase todos esses votos.

Retornando ao primeiro parágrafo. Entre os milhões que se empenharam pelo impeachment nas ruas e praças do Brasil, muitos foram eleitores de Dilma e Temer e outros tantos, não. Os que sempre souberam onde tudo ia parar e os que ficaram sabendo no andar da carroça uniram-se em torno da mesma causa. Ao cabo de 13 anos, o desastre saíra do horizonte previsível e podia ser observado na soleira da porta. Não havia múltiplas escolhas. Era Dilma ou Temer. Desalento consumado ou fio de esperança. Era respeitar a Constituição com o correto processo de impeachment ou transformar o país numa casa de tolerância, terra sem lei de um povo invertebrado.

A escolha entre Dilma e Temer, tornada possível no contexto da ordem jurídica, se enquadra num princípio moral universal, enunciado por Aristóteles em Ética a Nicômaco: “O mal menor, em relação a um mal maior, está situado na categoria de bem. Pois um mal menor é preferível a um mal maior. E aquilo que é preferível sempre é um bem, e quanto o mais preferível este seja, maior bem é”. Escolher o bem, desnecessário dizê-lo, é um dever moral. Escolher o mal ou rejeitar o bem por desapreço ou interesse próprio é boa parte do problema que acabou levando a presidente ao impeachment e muitos líderes políticos às barras dos tribunais. Que para lá vão todos quantos tenham feito por merecer.

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Fonte: Rodrigo Constantino

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