Crônicas de Dubai: "Impossível não está no vocabulário dos Emirados Árabes Unidos", palavras do sheik
Há quem diga que o mundo é enorme. Há quem diga que é pequeno como uma casca de noz. Para um jornalista, ele nunca será suficiente. Sempre haverá um canto a mais que pode esconder uma boa história, bons personagens, lugares que precisam ser descritos para que o maior número de pessoas possam conhecê-lo. Mesmo que seja através das palavras de um repórter.
O canto da vez é Dubai. O maior emirado dos Emirados Árabes Unidos é hoje, também, o mais populoso, além de ser o mair um dos mais sonhados e desejados destinos de turistas do mundo todo. O potencial é tanto que não só Dubai, como os Emirados Árabes Unidos têm se tornado um importante hub de negócios - além de inovação e turismo -, como afirmam os especialistas, por excelência e estratégia.
E quando se coloca os pés aqui é possível perceber isso. Dubai é do mundo e o mundo está pronto para continuar sendo de Dubai. Sua logística é oportuna, estratégica e eficiente. Sua infraestrutura é incansavelmente aprimorada e é nítido se tratar de um ambiente macroeconômico pautado em sua sustentabilidade.
Dubai, é sabido, quer ser mais. Quer ser melhor. Quer ser referência. Nas palavras de seu sheik Mohammmed Bin Rashid Al Maktoum, "a palavra impossível não está em nenhum lugar do vocabulário dos Emirados Árabes Unidos". Modestamente, pelo que pude ver em menos de 24 horas, humildemente concordo com sua majestade. Dubai e seus governantes vêem o futuro, vêem o que querem para este lugar.
As mensagens e as crenças do sheik Mohammed são tão fortes no que ele vê para o emirado que foram eternizadas em um monumento que contempla o encontro entre passado e futuro, dando espaço para que o presente circule por ele, fazendo seu papel, sem limitações, como deve ser. Citações de poemas de sua autoria marcam todo o edifício que marca os céus de Dubai com força e sutileza, como quase tudo o que se vê por aqui.
O futuro referenciando-se no passado é tão importante que também está aqui a maior moldura do mundo que permite, que dos seus 150 metros de altura e 93 de largura, a "nova Dubai" possa ser emoldurada pela "cidade velha".
Dubai é cosmopolita o suficiente para que seja um pedaço de cada parte do mundo em cada pedaço daqui. Basta estar em um ponto turístico, em um saguão de hotel ou caminhando pelas lindas avendidas da cidade - cheias de frondosas palmeiras que parecem ter sido desenhadas pra cá - que é possível estar entre indianos, paquistaneses, europeus, americanos e, claro, brasileiros. Muitos brasileiros.
Sejam de nacionalidade que forem, os olhos estão sempre admirados com algo. Estão sempre contemplando algo que seja o maior do mundo. Estão sempre buscando os melhores ângulos, os melhores registros. Sejam de onde for, Dubai surpreende.
Dubai quer ser o maior produtor de alimentos dos Emirados Árabes Unidos - neste caso, do mundo seria difícil por suas condições naturais, mas lembre-se: impossível não está em seu vocabulário - e talvez por isso já esteja com tudo pronto para receber a edição de 2023 de maior feria de alimentos e bebidas do Oriente Médio e uma das maiores do mundo, a Gulfood.
Talvez esta seja a sede não só por todas as características naturais e construídas do emirado, mas por destino. Por ser do mundo, é até aqui que o mundo tem que vir para se juntar, em um lugar só, e apresentar o que há de mais novo e melhor sobre alimentação. Que a excelência que colocou Dubai de pé em cima de um deserto nos paute nestes dias de trabalho que temos pela frente neste canto do mundo.
Privilégio nosso poder registrar e de ter o prestígio da sua audiência. Espero que eu tenha ainda mais palavras que sejam suficientes para descrever o mundo - e em especial, o Brasil - chegando a Dubai para tratar - como não poderia ser diferente - do assunto mais importante de todos: alimentar pessoas.
Fi alyawm altaali - في اليوم التالي - ou, até a próxima!
Carla Mendes