Perspectivas para a próxima safra do setor sucroenergético, por Cristian Juliani Quiles
Desde a safra 20/21, com o início da pandemia de covid-19, temos observado um aumento expressivo em alguns dos principais custos do setor sucroenergético, como fertilizantes, defensivos e o Consecana/SP.
Apesar da alta de alguns dos principais insumos ligados à produção de cana, no setor sucroenergético, aproximadamente 80% dos custos são fixos, de modo que o aumento da escala tende a proporcionar uma diluição significativa nesses custos.
Outro aspecto positivo para o setor é que, por mais que os principais insumos tenham sofrido uma alta expressiva, eles já registraram um movimento de queda nos últimos meses, quando comparado ao preço máximo de 2022:
O que esperar para a safra 23/24?
Para a próxima safra (23/24), a FG/A projeta um aumento de produtividade 7 toneladas por hectare, considerando um clima e precipitação conforme média histórica para o período. Com esse ganho de produtividade, devemos observar a moagem na safra 23/24 ultrapassar 600 mm t cana.
Esse ganho de produtividade, atrelado à um arrefecimento no custo dos insumos destacados deve sustentar as margens dos produtores de açúcar e etanol, aliviando a recente queda nos preços das commodities, especialmente do etanol.
* Cristian Juliani Quiles é Analista de mercado da FG/A