A importância da nutrição do solo para potencializar a produção agrícola

Publicado em 10/11/2020 09:03
Erivelton Paes - consultor de Desenvolvimento Técnico de Mercado da Viter, unidade de insumos agrícolas da Votorantim Cimentos

O solo brasileiro tem mais de 5 milhões de anos e sua formação em ambiente tropical faz com que tenhamos um elevado grau de intemperismo, que é um conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que provoca o desgaste das rochas ao longo do tempo. Em suma, nossos solos têm uma característica física muito boa, mas uma química deficiente, sendo assim há necessidade de corrigir esta característica e promover sua manutenção. Ao longo do tempo, a acidez do solo, conhecida como pH, é um fator muito importante na fertilidade do solo e pode prejudicar a produtividade de qualquer cultura de plantio no Brasil.

Em especial, o solo do bioma Cerrado possui pH naturalmente ácido, o que leva à diminuição na disponibilidade de nutrientes como fósforo, cálcio, magnésio e potássio, e podem atingir níveis de deficiência às plantas dependendo do tipo de manejo e da adubação utilizados.

Por exemplo, o milho é destaque entre as culturas produtivas no Brasil, o país é um dos maiores produtores mundiais. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os estados com maior produção do cereal são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O curioso é que os três locais são detentores do cerrado brasileiro, bioma que corresponde a cerca de 25% da área total do país - este território é maior que países como México, Indonésia e Peru. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a média nacional de produtividade está em 5,5 toneladas por hectare, enquanto nossa vizinha Argentina tem uma média de 8 toneladas por hectare, já os Estados Unidos produzem cerca de 10 toneladas por hectare. Ainda há muito a ser explorado na produção do milho.

É possível aumentar essa média ao associar uma boa capacidade tecnológica e um material genético de grande potencial produtivo. Mas só poderemos garantir elevação de produtividade com um manejo adequado do solo, com a implementação de práticas agronômicas para sustentar e dar equilíbrio ao solo.

Sem o cuidado constante com o solo, o potencial produtivo não acontece. É por isso que é necessário utilizar produtos para correção, nutrição e manutenção que despertem e perpetuem o potencial máximo do solo, corrigindo a acidez, promovendo a liberação de nutrientes em profundidade e proporcionando maior desenvolvimento radicular, favorecendo o desenvolvimento dos cultivos.

Em estudo realizado na Fazenda Ouro Verde, em Nova Mutum, no Mato Grosso, o uso da CalFértil na cultura de soja resultou em um ganho de produtividade de mais de 15%, além de maior presença de cálcio e magnésio no perfil de solo e redução de alumínio tóxico.

O manejo correto do solo por meio de tecnologias eficientes oferece ganho ambiental, grande preocupação da agricultura moderna, e inclui conceitos de conservação e sustentabilidade, como cultivo mínimo e plantio direto. O uso de corretivos com elevada pureza e reatividade melhora as propriedades químicas do solo, proporcionando melhor ambiente para o pleno desenvolvimento das culturas.

Em resumo, o solo precisa de uma estrutura física perfeita, capacidade química – boa quantidade de nutrientes à disposição para desenvolvimento das culturas - e o aspecto biológico - vida do solo ativa. Esses três elos bem atados resultam em ganho de produtividade e melhoram os resultados do produtor.

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Por: Erivelton Paes

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