Alimentaremos a veloz China, por Marcos Fava Neves
Recentemente, fiquei duas semanas no país asiático participando do Congresso Mundial de Agronegócios e de eventos empresariais
Passei por duas cidades: Hangzhou, com cerca de 10 milhões de habitantes, e Shanghai, que os chineses me disseram ter 24 milhões, onde minha última visita havia sido em 2013 e notei uma incrível evolução. As motos e motonetas, por exemplo, agora são elétricas, não emitem aquele cheiro terrível e são silenciosas, o que se torna perigoso, pois não percebermos sua chegada.
A cidade conta ainda com ruas extremamente limpas, pelo menos nas regiões por onde caminhei, e não vi mais as pessoas jogando coisas no chão. Foi proibido também o fumo em edifícios e restaurantes, e não percebi andarilhos como os que inundam nossas grandes cidades, ou seja, não vi mendicância e não fui abordado por ninguém ofertando ou pedindo.
Alguns ônibus já são movidos à eletricidade, e distritos empresariais e novas construções aparecem do nada. A disciplina e o comando têm seu lado negativo, mas também o positivo.
Resumindo, em apenas seis anos, vi essas transformações incríveis e a China é cada vez mais nosso destino. O agronegócio verde e amarelo, com todos os seus produtos, vendeu para o país asiático US$500 milhões em 2000. Em 2018, vendemos US$36 bilhões! E esse valor deve subir ainda mais, pois a China está brigando com os Estados Unidos, o qual é o principal competidor do Brasil na exportação do agro.
A China ainda enfrenta, atualmente, um grave problema de doença na produção de suínos (peste suína africana), que não tem cura e trará necessidade de grande importação de todas as carnes. É o momento de construir uma ponte de alimentos eterna com a China!
Artigo publicado no portal Zumm
*Reprodução autorizada pelo autor do artigo