CECAFÉ e CETCAF: Juntos para uma cafeicultura cada vez mais sustentável

Publicado em 18/12/2017 12:33

*Por Marcos Matos e Marjorie Miranda

A evolução da cafeicultura brasileira está diretamente relacionada aos trabalhos de pesquisas e extensão, concentrados nas áreas de melhoramento genético, biotecnologia, segurança alimentar, boas práticas e otimização do sistema produtivo, manejo integrado de pragas e doenças, cafeicultura irrigada, zoneamento climático, colheita e pós-colheita, aperfeiçoamento de processos e desenvolvimento de máquinas e equipamentos. 

Durante o ano de 2017, o Cecafé apoiou o Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café - CETCAF, entidade não governamental, sem fins lucrativos, que constitui, desde sua fundação um importante elo entre os diversos setores do agronegócio café, congregando esforços, iniciativas e atividades que têm dado ao setor uma nova dinâmica institucional, com efetivos resultados práticos para todos.

Com as diretrizes estratégicas “Qualidade e Produtividade”, o CETCAF tem promovido o desenvolvimento da cafeicultura no estado do Espírito Santo, englobando aspectos tecnológicos, produtividade, qualidade de vida do produtor e sustentabilidade das pessoas que integram a cadeia cafeeira.

As ações do Centro resultaram em melhoria tecnológica do parque cafeeiro capixaba, integrando todos os setores da cadeia do agronegócio café, inserindo definitivamente o Estado do Espírito Santo como referencial de qualidade em café no Brasil e no mundo. Como exemplo, por meio das parcerias com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, o Centro de Comércio de Café de Vitória - CCCV, e outras instituições, tem sido desenvolvida uma agenda de trabalho para estabelecer um padrão de qualidade do conilon, por meio das boas práticas, colheita realizada no tempo certo de amadurecimento e secagem em terreiro-estufa ou secador de fogo indireto.

Para alcançar esses objetivos comuns, a cooperação técnica e financeira entre o Cecafé e o CETCAF é de suma importância, pois as instituições caminham para a junção de competências e experiências em prol da cafeicultura, compreendendo a capacitação das pessoas envolvidas na atividade, o desenvolvimento e difusão de novas tecnologias, a integração de instituições, a realização de eventos técnicos e a estruturação de abordagens para atender interesses públicos e privados.

Devido às razões mencionadas, os membros do Conselho Deliberativo do Cecafé, em reunião realizada no início de dezembro de 2017, aprovaram, por unanimidade, a continuidade de apoio ao Centro em 2018.

O novo projeto proposto pelo Cecafé intitulado “Indicadores de Desempenho do Setor Exportador de Café- IDEXCafé” busca contribuir de forma significativa no monitoramento, análise da evolução, estratégias de melhorias e promoção das diversas ações de Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Nesse sentido, o resultado do IDEXCafé será direcionado para a publicação do Relatório de Sustentabilidade do Comércio Exportador de Café do Brasil.

A partir de 2018, a compilação das informações dos Programas institucionais do Cecafé, como o Criança do Café na Escola, o Café Seguro, o Produtor Informado, bem como as ações já desenvolvidas individualmente pelas empresas e organizações associadas ao Cecafé e por parceiros, como o CETCAF, servirá como direcionador para tomada de decisões, além de ser uma importante ferramenta de promoção comercial dos Cafés do Brasil. 

Por meio da integração de parceiros, os esforços de toda a cafeicultura colocam o País no caminho certo para garantir competitividade, sustentabilidade e liderança absoluta no comércio mundial de café, ao se preparar para continuar atendendo aos mais diversos e exigentes mercados, principalmente no que refere à qualidade e sustentabilidade.

*Marcos Matos é Diretor Geral do CECAFÉ e Marjorie Miranda é Coordenador de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do CECAFÉ.

Tags:

Fonte: Cecafé

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Crise no campo: estratégias para salvar o produtor rural da inadimplência e proteger seu patrimônio, por Dr. Leandro Marmo
O início da safra de grãos 2024/25 e as ferramentas que potencializam o poder de compra do agricultor
Produção de bioinsumos on-farm, por Décio Gazzoni
Reforma Tributária: algo precisa ser feito, antes que a mesa do consumidor sinta os reflexos dos impostos
Benefícios da fenação para o bolso do produtor
Artigo/Cepea: Quebra de safra e preços baixos limitam rentabilidade na temporada 2023/24
undefined