Terceiro mês de queda no preço do leite ao produtor
Apesar do clima seco em algumas regiões produtoras, o milho e o farelo de soja mais baratos comparativamente com 2016 e o fornecimento de silagem mantêm a produção de leite em alta no país.
Este quadro somado a demanda fraca na ponta final da cadeia e aos estoques maiores no mercado interno, por exemplo, de leite em pó e queijos, pressionam para baixo as cotações em todos os elos da cadeia.
No varejo, as promoções de leite longa vida e de outros produtos lácteos ajudam, em parte, a escoar a produção e diminuir os estoques, mas reduzem a margem dos supermercados que, por sua vez, pressionam as cotações no atacado, e este repassa as quedas para o produtor de leite.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, no pagamento de agosto, referente ao leite entregue em julho, houve queda de 2,5% em relação ao pagamento anterior.
Foi o maior recuo registrado desde junho deste ano, quando os preços do leite ao produtor começaram a cair.
A média dos dezoito estados pesquisados ficou em R$1,127 por litro, 8,6% menos na comparação com igual período do ano passado.Veja a figura 1.
Figura 1.
Preço do leite ao produtor (média nacional ponderada) - em R$/litro, valores nominais.
Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br
Com relação a produção, em julho o incremento no volume captado pelos laticínios (média nacional) foi de 3,1% em relação a junho deste ano.
Para o pagamento a ser realizado em meados de setembro (produção de agosto), 64,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em queda no preço do leite ao produtor, 33,0% falam em manutenção e os 3,0% restantes acreditam em alta nos preços do leite.
As quedas previstas variam de R$0,02 a R$0,06 por litro, segundo as empresas pesquisadas.
Para o pagamento a ser realizado em meados de setembro (produção de agosto), 64,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em queda no preço do leite ao produtor, 33,0% falam em manutenção e os 3,0% restantes acreditam em alta nos preços do leite.