Mercado do Feijão: Mais um dia de volume de negócios abaixo do normal

Publicado em 03/08/2010 16:00 e atualizado em 03/08/2010 17:06

FEIJÃO CARIOCA 7H30 -
Mais um dia de volume de negócios abaixo do normal. Deve se levar em conta a coicidência de que no mesmo momento que registrou-se um aumento de volume da terceira safra os empacotadores registraram retração nos supermercados. Não apenas o feijão mas diversos outros itens registraram menor volume de demanda durante o mês de Julho. Ajudam a criar essa situação as férias escolares,  que diminuem o ritmo de reposição do consumidor. Mesmo com a movimentação dos grandes produtores no sentido de conter a oferta,  armazenando parte do feijão colhido, ontem novamente foi dia de muita oferta e vendas por R$ 85/90 FOB lavoura. Nesta madrugada, novamente em São Paulo, o mercado apresentou oferta de cerca de 16 mil sacas e sobra de  10.500  sacas. Os precos ficaramem R$ 95 para nota 8 e R$ 80 para nota 7.

 

FEIJÃO PRETO 7H30-
 Com a crescente dificuldade em encontrar feijão de qualidade razoável no mercado interno,  a busca por feijão melhor se volta para a Argentina. Ocorre que para pagar abaixo de US$ 700 tem-se que diminuir a expectativa de qualidade para tipo 2. Ontem negócios CIF voltaram a ocorrer em R$ 85/90 CIF sendo que para o Rio Grande do Sul até R$ 92 devido a diferença de ICMS para aquela praça que credita 7%.

 

ALERTA PARA A REGIÃO SUL 

Difícil saber em que previsão climática acreditar,  afinal o fenômeno La Niña pode ir de ameno até intenso. Na dúvida é prudente trabalhar com mais de uma previsão. Veja a matéria abaixo do site da Somar Meteorologia sobre o que se espera para a Primavera e Verão com forte impacto sobre os feijões. Vale lembrar que o ano de 1998 foi marcante na história recente do feijão com forte valorização naquela oportunidade.          

FENÔMENO LA NIÑA INTENSO INFLUENCIA A ATMOSFERA AO LONGO DA PRIMAVERA, VERÃO E OUTONO

A temperatura da água do Oceano Pacífico na altura da Linha do Equador está mais baixa que o normal em todas as áreas, desde o "Niño 1+2" (leste) até o "Niño 4" (oeste do Oceano), segundo dados de 28 de julho. A área "Niño 3.4", onde existe maior correlação com os efeitos na atmosfera, registra desvio entre -1°C e -1,5°C. Entretanto, como há uma defasagem entre Oceano e Atmosfera, víamos na atmosfera até a semana passada uma condição mais próxima do fenômeno El Niño, com excesso de chuvas na Região Sul. Apenas as previsões do tempo desta semana começaram a indicar uma situação mais próxima da normalidade, com menor freqüência de chuvas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná neste mês de agosto. Voltando às previsões de temperatura do Oceano Pacífico, a análise de 01º de agosto indica que até pelo menos abril de 2011, a temperatura permanecerá mais baixa que o normal na região "Niño 3.4". O auge do La Niña acontece entre outubro e novembro, quando as simulações indicam desvio de -2,5°C, configurando um fenômeno intenso. A partir daí, o desvio diminui lentamente, mas permanecerá abaixo de -1,5°C em abril de 2011, último mês de simulação. Ou seja, a influência do fenômeno La Niña será perceptível ao longo da próxima primavera, do verão e, de pelo menos até o outono do ano que vem. Independentemente da intensidade do último El Niño e do próximo fenômeno La Niña, a rápida variação da temperatura do Oceano Pacífico em poucos meses nos remete ao ano de 1998, quando a variação também foi bastante significativa. Por fim, algumas pessoas nos perguntaram sobre a duração deste fenômeno La Niña. Vale lembrar que depois da rápida mudança em 1998, o fenômeno La Niña foi duradouro e prosseguiu até o início de 2001. Para responder a esta pergunta, apela-se a anomalia da temperatura sub-superficial da água do Oceano Pacífico na altura da Linha do Equador. Apesar da temperatura mais baixa que o normal em toda a superfície, o oeste do Oceano já registra temperatura mais elevada que o normal, especialmente entre 150 e 200 metros de profundidade. Em anos anteriores, a atual configuração fez com que o fenômeno La Niña não se prolongasse por muito tempo. Ou seja, apesar de não ser possível responder até quando irá o fenômeno La Niña, é possível cogitar a hipótese de que este fenômeno não será tão duradouro quanto o registrado entre 1998 e 2001.

 

 

Preço da Saca de 60 kg

 


Fonte: Correpar

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