Feijão: Área plantada reduz em 2% e é a menor da história

Publicado em 13/10/2015 18:00
O final da tarde de sexta-feira teve mercado bastante ativo. No interior da Bahia, os comerciantes menores do Nordeste, que buscam se abastecer nas feiras da região, já não encontraram ofertas direto de produtores. Pagaram, nos cerealistas que têm algum estoque na região, valores entre R$ 130,00/135,00 para não perder a viagem. Já no sábado, com maior número de compradores, os preços acabaram por subir e houve negócios por até R$ 140,00. Durante o final de semana, os trabalhos de colheita foram prejudicados pelas chuvas no inteiro de São Paulo, onde as últimas referências foram R$ 155,00/157,00. Para esta semana, a previsão é de que voltem a colher, porém com excesso de umidade. Os volumes armazenados entre Goiás e Minas Gerais estima-se desde 1,8 até 2,2 milhões de sacas entre produtores, principalmente. Se estes negociarem à medida que surge demanda e não quando os compradores se retiram do mercado, os preços deverão compensar estes “investidores”. Com oferta de 22.000 sacas nesta madrugada e com sobras de 15.000 sacas, no Brás, em São Paulo, o principal produto procurado no Brás foi 9/9,5, que chegou a ser vendido acima de R$ 157,00.

Bolsa de feijão do Brás

SAFRA 2016 – Mais uma vez a menor área de Feijão da história

A primeira safra de Feijão 2015/2016 vem com muitas novidades.

1 – Foi plantada a menor área da história: estima-se entre 1,030 e 1,055 milhões de hectares. Comparando com o ano passado seria somente 2% menor, mas comparando com 2010 será 37% menor em área.

2 – Se a produtividade for a média dos últimos 5 anos, teremos 1,14 milhões de toneladas. Abre-se a possibilidade de termos uma safra valorizada em função do volume total a ser ofertado. A concentração pelo histórico se dará em janeiro e fevereiro.

3 – O El Niño, segundo os meteorologistas, trará seca ao norte de Minas Gerais e ao Nordeste em geral. Para a Região Sul, chuvas em excesso, o que aliás já começou. Neste ambiente, ao que tudo indica, teremos uma safra com possibilidades de bom nível de preço na comercialização.

4 – Outro fator que devemos passar a avaliar é a área a ser plantada com as cultivares que demoram a ter a perda de cor. É ainda cedo para estas avaliações, porém elas poderão ajudar tanto o produtor a fugir da concentração como também os empacotadores, que terão possibilidade de estocar um pouco mais estas cultivares.

Saiba mais sobre o mercado de feijão no informativo da Correpar SÓ FEIJÃO
 

Fonte: Correpar

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