Café: Preço não motiva produtores a vender e o volume de negócios é pequeno para época
Com o feriado americano na terça-feira, o mercado físico brasileiro praticamente começou a trabalhar na quarta-feira, dia 5. As bases oferecidas pelos compradores melhoraram acompanhando de longe o movimento das cotações na ICE Futures US, mas não chegaram a um patamar que motive os produtores a vender. O volume de negócios foi melhor, mas ainda baixo para esta época do ano.
Sem interesse nas bases de preços oferecidas, os cafeicultores estão com as atenções voltadas para o trabalho de colheita, secagem e benefício da nova safra 2017. Mostram apreensão com a porcentagem de grãos brocados e renda do benefício dos frutos colhidos. Aos poucos vai se desenhando um quadro de safra menor que a inicialmente projetada por eles, com menos cafés de alta qualidade e menor porcentagem de grãos de peneiras altas, 17 e 18.
Os trabalhos de colheita avançam em um ritmo melhor e na média os do arábica já passaram dos 40%.
Lideranças de todos os seguimentos ligados aos negócios de café já começaram a se reunir para avaliar a extensão dos estragos trazidos pela broca e encontrar caminhos para estancar o avanço da praga pelos cafezais do Brasil.
A nova fase da crise política brasileira, agora com a possibilidade de afastamento do Presidente Michel Temer, contribui para aumentar a tensão na economia nacional e é mais um fator a dificultar as análises e decisões no mercado de café.
Na próxima semana, do dia 10 ao dia 12, será realizado em Medelin, na Colômbia, o Fórum Mundial de Produtores de Café. O Fórum contará com a participação de representantes de todos os setores da cadeia produtiva, mas dedica atenção especial aos produtores, tornando-se o principal evento destinado a este segmento em quase vinte anos (fonte: CNC – Conselho Nacional do Café).
Até dia 30, os embarques de junho estavam em 1.749.833 sacas de café arábica, 11.603 sacas de café conilon, mais 232.335 sacas de café solúvel, totalizando 1.993.771 sacas embarcadas, contra 2.112.779 sacas no mesmo dia de maio. Até o mesmo dia 30, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em junho totalizavam 2.263.464 sacas, contra 2.518.375 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Até dia 06, os embarques de julho estavam em 128.702 sacas de café arábica, mais 17.567 sacas de café solúvel, totalizando 146.269 sacas embarcadas, contra 124.499 sacas no mesmo dia de junho. Até o mesmo dia 6, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam 368.948 sacas, contra 417.848 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 30, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 7, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo 320 pontos ou US$ 4,23 (R$ 13,87) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 30 a R$ 550,21 por saca, e hoje dia 7, a R$ 559,27 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 20 pontos.