Café: Com clima favorável a colheita avançou; o mercado físico segue travado para os lotes 2015 de melhor qualidade
Ontem, quinta-feira, o Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada informou que os trabalhos de colheita já se encerraram nas áreas produtoras de conilon. Nas regiões de arábica, os trabalhos chegaram ao redor dos 50%. Estão mais avançados na zona da mata de Minas Gerais, na região de Garça em São Paulo e no Paraná. Na Mogiana Paulista, a colheita se encontra em níveis levemente superiores a 40%.
As cotações do café em Nova Iorque trabalharam em ligeira alta esta semana. Os contratos com vencimentos em setembro próximo na ICE Futures US acumularam 300 pontos de alta no período e o dólar continuou se valorizando frente ao real, ganhando quase 3% desde o fechamento de sexta-feira passada. No mercado físico brasileiro os lotes 2015 de melhor qualidade, bastante raros até este final de julho, quando chegam ao mercado são bastante disputados, mas as bases oferecidas pelos compradores, consideradas baixas pelos produtores, acabam por afugentar os vendedores.
Com a extinção do DCAF - Departamento do Café do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o setor cafeeiro passará a ser gerido na esfera governamental pela Coordenação-Geral de Frutas, Florestas e Café, do Departamento de Comercialização e Abastecimento, e pela Coordenação-Geral de Gestão de Recursos, do Departamento de Crédito, Recursos e Riscos, ambos alocados na estrutura da Secretaria de Política Agrícola.
Os representantes dos cafeicultores manifestaram preocupação com a mudança na estrutura do MAPA que desconsidera a importância social e econômica do café e de seu fundo próprio, o FUNCAFÉ, cujo volume de recursos é superior ao orçamento de 28 Ministérios.
Até o dia 30, os embarques de julho estavam em 1.752.208 sacas de café arábica, 322.302 sacas de café conillon, mais 216.432 sacas de café solúvel, totalizando 2.290.942 sacas embarcadas, contra 2.334.531 sacas no mesmo dia de junho. Até o dia 30, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam 2.728.236 sacas, contra 2.737.718 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 24, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira, dia 31, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 300 pontos ou US$ 3,97 (R$ 13,57) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 24 a R$ 539,80 por saca, e dia 31, a R$ 566,30 por saca.
Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 35 pontos.