Scot Consultoria: Mercado do boi está devagar, quase parando

Publicado em 23/03/2020 17:00

Felippe Reis

zootecnista

Scot Consultoria

Volume de negócios quase zero

Foram poucos os compradores ativos nesta manhã. Dentre os que estavam comprando, o volume de negócios foi extremamente pequeno, principalmente para os compradores cujas ordens de compra não subiram, em relação à semana anterior.

Em algumas regiões, os frigoríficos abriram as compras ofertando preços menores pelo boi. Houve negócios, porém, em volumes reduzidos. 

Com a demanda incerta, devido aos impactos do coronavírus no Brasil e no mundo, a baixa disponibilidade de boiadas tem sido o fator de sustentação da cotação da arroba. Ou seja, ao longo de março, a desvalorização somente não foi maior em função da oferta restrita.

Escalas de abate de bovinos curtíssimas

Parte dos estabelecimentos comerciais que demandam carne bovina, tais como bares e restaurantes, entraram em recesso devido ao coronavírus, além disso, é provável que haja reflexo na exportação.

Com isso, os frigoríficos têm optado por trabalharem com escalas enxutas, em alguns casos, de um a três dias. Em São Paulo, por exemplo, na média as programações atendem três dias, porém, há indústrias com escalas menores.

Expectativa

O baixo volume de negócios no mercado do boi gordo se prolonga desde a última semana e, mesmo que a demanda seja incerta nos próximos dias, há de se esperar algum consumo.

Com as escalas curtas, é possível oportunidades no curto prazo para venda de gado com cotação acima dos ofertados na última semana.

Fonte: Scot Consultoria

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