Mercado brasileiro da soja foca na forte alta do dólar e sobe mais de 2% nesta 4ª feira

Publicado em 23/03/2016 18:10

Nesta quarta-feira (23), o mercado da soja na Bolsa de Chicago terminou o dia com ligeiras quedas que variaram de 3,50 a 4 pontos nos principais vencimentos. Apesar das oscilações tímidas, a sessão para os futuros da oleagionsa foi bastante agitada, segundo explicaram analistas. 

No Brasil, a situação não foi diferente. Afinal, se recuaram as cotações na CBOT, ao mesmo tempo, o dólar subiu de forma expressiva frente ao real e elevou os preços no mercado nacional. Nos portos e no interior, os ganhos passaram de 1%, já a moeda norte-americana fechou com alta de 2,11% e valendo R$ 3,6768. 

"O dólar fechou em alta superior a 2 por cento frente ao real nesta quarta-feira, após o Banco Central atuar para sustentar as cotações pelo terceiro dia consecutivo e em meio ao cenário político conturbado no Brasil", explicaram especialistas ouvidos pela agência Reuters.

Assim, a soja disponível subiu 2% no porto de Paranaguá, para R$ 76,50, enquanto foi a R$ 76,50 no terminal de Rio Grande, com ganho de 1,59%. Já para o produto futuro, embarques em maio e junho, respectivamente, subiram 2,67% e 1,57%, para R$ 77,00 e R$ 77,50 por saca. Nas principais praças de comercialização do interior, as altas variaram entre 0,72% e  3,51%, com destaque para Sorriso/MT, onde o preço foi a R$ 59,00 por saca, para Ponta Grossa/PR a R$ 72,00 e Panambi/RS, onde o último valor foi de R$ 67,02 por saca de soja. 

Bolsa de Chicago

egundo explicou a analista de mercado Andrea Cordeiro, da Labhoro Corretora, uma junção de fatores pressiona as cotações neste pregão e promove esse movimento de realização. Entre eles, há uma nova queda do petróleo sendo registrada hoje - que passava de 3% em Nova York - além de um avanço do dólar no cenário exterior. A commodity, por volta das 13h40, era negociada US$ 40,11 por barril. 

Há, por outro lado, a parte técnica do mercado, que parece indicar a consolidação das cotações em um novo patamar, com as cotações mantendo-se ainda acima dos US$ 9,00 por bushel nos vencimentos mais negociados. O contrato novembro/16, que é referência para a safra dos Estados Unidos, tem US$ 9,15 por bushel na sessão desta quarta. 

Os traders parecem voltar-se, cada vez mais, ao início da nova safra dos Estados Unidos e as perspectivas seguem indicando um aumento da área de milho no país na temporada 2016/17, o que acaba limitando uma recuperação mais expressiva do cereal como pôde ser observada em alguns outros mercados, como os do trigo, que somente em março já subiu mais de 4%, e da soja. 

Ao lado dessa movimentação técnica - que ganha ainda mais força perto de um final de semana prolongado, já que a Bolsa de Chicago não funciona na próxima sexta-feira (25), em função do feriado -, as cotações foram pressionadas ainda pelo fortalecimento do dólar no exterior, frente a uma cesta de outras moedas, bem como por uma baixa expressiva do petróleo, que se aproximou dos 4% e fez os preços perderem, novamente, os US$ 40,00 por barril. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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